DICAS DE LIDERANÇA MOTIVACIONAL

O livro Liderança Motivacional traz ensinamentos muito úteis para quem deseja bom desempenho com pessoas. Tenho a sorte de conhecer o autor, Alfredo Castro, que realmente é um mestre no assunto.  Alfredo é sócio-diretor da MOT-Mudanças Organizacionais e Treinamentos-SP, membro do conselho de adminsitração de algumas organizações no Brasil e no exterior, diretor técnico da ABTD, professor do MBA de Marketing da FIA/USP e já atuou em vários paises da Europa, Àfrica, América do Norte, Central e do Sul, além de ter publicado outros oito livros.

Manter a auto estima, ouvir e falar com empatia, saber pedir ajuda para solucionar os problemas, envolvendo as pessoas fazendo-as sentir-se parte do resultado, é só o começo. De uma forma muito objetiva e fácil de assimlar o papel do líder é definido em saber o que se passa no grupo, estabelecer a direção a seguir, tomar as decisões que as pessoas não podem tomar, garantir que elas estejam no caminho certo, dar suporte, avaliar os resultados e desepenhos, motivar, deixar clara qual é a área chave de resultado, como medí-lo e quais as metas. Em outra obra, Alfredo trabalha com o conceito de ZAPP que significa energização das pessoas. Leia-se motivação intensa. Delegar, reconhecer e apoiar as pessoas, explicar o propósito e importância do que ela vai fazer, explicar o processo a ser adotado, mostrar como se faz, observar pacientemente como a pessoa executa seu trabalho, acompanhar e dar feedback, demonstrar confiança na pessoa e na possibilidade dela alcançar o resultado desejado, fazem parte do processo.

A idéia central da liderança motivacional é que as pessoas comportam-se de acordo com a dominância cerebral, desdobrada em 4 modelos básicos: Analitico, Experimental, Controlador e Relacional. Cada um desses possui caracteristicas dominantes de comportamento e o líder deve identificá-los, agindo de acordo com eles para obter os melhores resultados da equipe.

Algúem com predominância analítica, valoriza dados e fatos, geralmente fornece informações claras e precisas de forma lógica, gosta de ser assertivo e direto. Analisa e quantifica, é crítico e realista, entende os números e como as coisas funcionam. Gosta de realizar tarefas, fazer funcionar, explicar e esclarecer. Para uma comunicação mais eficaz com pessoas assim os gestos e o entusiasmo devem ser comedidos. De preferência, evite muita proximidade. Use palavras  do seu universo de dominância e seja coerente.

Alguém com predominância relacional, busca o envolvimento com as pessoas, gosta de perceber as suas necessidades e do contato "olho no olho". Sente-se bem num clima mais informal e deseja que todos recebam a mesma consideração. É curioso, sensível, gosta de ensinar, apoiar, é expressivo e emocional. Procura convencer e trabalhar em grupo. Para uma boa interação, recomenda-se ficar a vontade e demonstrar seus sentimentos. Os gestos e a voz são muito importantes. Utilize termos como sinta, imagine, emoção. Ouça bastante, procure identificar interesses comuns e estabelecer vínculos.

Já alguém com dominância experimental fica motivado  quando cria soluções e pensa de forma global. Prefere relatórios com boa apresentação visual e objetivos de longo prazo. Adora desafios e expor idéias. Está ligado a estratégias. Sintetiza, corre riscos, é impetuoso e quebra regras, Sente-se a vontade com a variedade. Na comunicação devemos colocar ênfase nas palavras chave, usando suponha, intuição e idéia, por exemplo.

Por fim, alguém com dominância controladora tem como lema planejamento e controle. Gosta de procedimentos bem definidos, de dar referências e até dados históricos. Normalmente é confiável e até conservador. Toma providências, faz acontecer, gosta de cumprir, construir e de ambientes organizados. Dá atenção aos detalhes e tem afinidade por tarefas estruturadas. Na interação use o corpo para reforçar as palavras, mostre tudo o que puder com gráficos e tabelas, planeje bem a sequência e encare seu interlocutor. Use termos como olhe bem , veja, fique atento, disciplina, organização.

O livro traz muito mais, é claro. O importante é salientar que esses conceitos não devem criar rótulos imutáveis em relação as pessoas, pois elas podem apresentar carcateristicas de um ou de outro modelo. São ferramentas facilitadoras mas não intencionam resumi-las nestas descrições. O ser humano é o ativo mais imprevisível que existe em uma empresa, capaz de decepcionar ou superar estimativas e previsões, conseguindo assim ser sempre maior que o modelo que o descreve. E Alfredo sabe e representa bem isso. 

Tibério Rocha Júnior

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