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Mostrando postagens de junho, 2015

ENTRE O RESULTADO E O BOM AMBIENTE DE TRABALHO

Entre o bom ambiente de trabalho e os resultados, o que escolher ? Este é um dilema que muitos gestores se deparam constantemente e dele podemos tirar muitas lições. Nelas, vou acrescentar um pouco da experiência que tenho nos ambientes empresariais brasileiros, e vou direto no assunto.  Comumente, encontro bons ambientes de trabalho composto por bom clima organizacional e satisfação do colaborador, onde os resultados poderiam ser melhores. São aqueles locais onde todo mundo se sente bem mas no final os resultados não vão tão bem. Também não é raro, encontrar gestores que conquistam a equipe com benevolência, e que as equipes adoram. Acontece, que nem sempre isto é bom para a empresa. E eu vou dizer porque. O colaborador tem duas formas de maximizar a sua remuneração. Ou ele sobe o valor dela ou reduz a quantidade de trabalho que ela remunera. O brasileiro é muito hábil na segunda alternativa, que somada com a complacência do chefe, pode decorrer em resultados abaixo do possível e nece

PRODUTIVIDADE NAS COISAS SIMPLES

Sim, nós temos um grande problema de produtividade. As estatísticas mostram reiteradas vezes isso. Porém, podemos compreender um pouco mais sobre isso se observarmos o dia a dia no mundo dos negócios. Preste bem atenção nos fatos que ocorrem neste cotidiano, que você perceberá muitos pontos que colaboram com a baixa produtividade brasileira.  Um deles é o tempo. Lidamos mal com horários, hora para começar e terminar, cumprimentos de compromissos. Experimente viver sob uma agenda programa e você vai ver quantas vezes terá de modificá-la por causa da atitude alheia. Os atrasos, a modificação constante, os cancelamentos em cima da hora, acabam por atrasar todos os outros compromissos, e o que você faria em um dia de trabalho,  acaba fazendo em dez. Se conseguir fazer. Mas tempo não é  o único fator a considerar. Também falta organização. Os recursos não são preparados porque se aloca pouco empenho em planejamento. Então existe erro, falta e inadequação de recursos, o que obriga ao retraba

TEM DINHEIRO PARA ME ARRUMAR ?

Certa vez, em meio a uma crise financeira em seu negócio um empresário me perguntou em tom de brincadeira "E aí, tem dinheiro para me arrumar ?" Esta pequena pergunta representa uma boa oportunidade de compreendermos melhor como funcionam as coisas em termos de finanças corporativas e a atuação da minha consultoria neste sentido.  A pergunta do empresário tem relação claramente com financiamento. Qualquer empreendimento possui duas formas de financiar suas operações: Com capital próprio e com capital de terceiros. Ambos possuem um custo, sendo o primeiro mais caro que o segundo. O capital próprio vem da integralização de recursos pelos sócios e do reinvestimento dos lucros obtidos na operação, caso ela seja eficiente para isso. O capital de terceiros vem normalmente de bancos e fornecedores, estes através do prazo que concedem, mas muitas vezes empréstimos de pessoas físicas e outras empresas também fazem parte desta carteira. Cada empresa possui um limite para ser financiada

ONDE FALHAM MAIS AS RECUPERAÇÕES

Tenho acompanhado empresas em vários estágios da sua vida. Algumas em processo de expansão. Estas são poucas hoje em dia é verdade, mas existem. A  grande maioria no entanto, passa por um momento que costumamos chamar de crise, no qual a exiguidade financeira é fator fundamental. Algumas delas possuem além deste problema, dificuldades na governança que acentuam ainda mais o primeiro fator. Porém, apesar de suas peculiaridades, segmentos e ramos de atuação diferentes, tamanhos e histórias, parece existir um padrão em suas retomadas de estabilidade. A grande maioria das recuperações falha pela equipe e não por falta de estratégia.  Neste caso, por equipe entenda o formato composto por decisores e executores. Aquelas pessoas que decidem o que vai ser feito, e aquelas pessoas que executam o que foi decidido. Não faltam caminhos para resolver o problema. Não faltam alternativas. Elas podem ser geradas tanto por um elemento externo como uma consultoria, como por elementos internos no caso se

PORQUE GESTORES RESISTEM AO PLANEJAMENTO

Não há um só livro sobre gestão e negócios que desabone o planejamento. Existe um consenso que ele é importante para obter melhores resultados. Por planejamento devemos entender a atitude racional, reiterada e sistematizada de antever circunstancias, estabelecer objetivos e estratégias para alcançá-los, organizar processos, ações e procedimentos, definir metas e métricas para mensurar o andamento, reduzir riscos, desperdícios e perdas. Quem planeja aumenta suas possibilidades de sucesso, e efetivamente a sua taxa de acerto. Ora, se o planejamento é algo tão bom por que ainda hoje existem gestores que ainda rejeitam e resistem a ele, seja de uma maneira direta ou camuflada? As respostas para isso podem nos dar boas pistas não só de como superar esta dificuldade mas de manter uma cultura de eficiência na empresa.  Se percebermos bem, ao estabelecer o planejamento, estamos reduzindo o espaço para a improvisação. Isto pode significar para alguns gestores a redução do seu espaço de atuação,

NOSSAS EMPRESAS ESTÃO EM DIFICULDADES

Nos últimos dois anos, tenho feito avaliações de empresas, planos de negócios, desenvolvido modelos de governança para empresas familiares, e planejamentos econômicos financeiros para recuperação, sustentabilidade e expansão de empreendimentos. Eu faço o que gosto porque através do meu trabalho ajudo as organizações e as pessoas a superarem os seus problemas e serem melhores, contribuindo com isso para o país também ser melhor.  No entanto, apesar da satisfação nesta atividade, tenho que externar a minha preocupação com o que tenho constatado.Diante de uma conjuntura econômica desfavorável cujos motivos para isso nós bem sabemos, as empresas tem travado uma luta feroz pela sobrevivência. E passam por um momento que inspira muitos cuidados. Eu sei que a minha carteira de clientes, é uma minúscula amostra do imenso mercado onde estamos inseridos, todavia as informações econômicas e de outras empresas que temos visto, lido e escutado, convergem para o mesmo cenário que estou identificando

APURE O RESULTADO DA MANEIRA CERTA

Uma das coisas mais importantes na gestão de uma empresa é saber exatamente qual o seu resultado mensal. No entanto, apesar de toda a relevância deste assunto, em pleno século XXI ainda podemos encontrar empresas que não conseguem aferir o seu resultado da maneira correta. Isto faz com que elas tenham visões distorcidas sobre a própria realidade e o próprio desempenho, fazendo com que as decisões tomadas não sejam adequadas. Certamente um grande risco que poderia ser mitigado com a observação de conceitos bastante simples, os quais vamos abordar agora. O erro que normalmente ocorre neste caso, é apurar o resultado pelo fluxo de caixa que é o encontro de recebimentos e desembolsos em um determinado período. Deste encontro o que se obtém é o saldo financeiro, a geração de caixa, e não apuração do resultado exatamente. É preciso que se entenda que o fluxo de caixa está comparando recebimentos e pagamentos originados em vários períodos, não necessariamente naquele que se está analisando. I

COMO RENEGOCIAR DÍVIDAS COM FORNECEDORES

Então a empresa está em dificuldades financeiras, lutando para sobreviver em meio a queda de vendas, ao aumento dos custos e das dívidas. Numa bela manhã de sol, você recebe uma planilha impressa em papel sem timbre, demonstrando um débito de R$600.000 para com um fornecedor essencial para o seu negócio. Pior ainda, deste total mais da metade correspondendo a encargos de mora  pelo atraso no pagamento. Antes de se desesperar, pegar o telefone e dizer um desaforo, sugiro que você leia com atenção este post. Talvez ele lhe ajude a encaminhar esta situação de outra maneira. Bem, a primeira coisa a fazer é validar esta dívida, pois nem sempre aquilo que os credores dizem que você deve, está correto. Desconsidere a planilha sem timbre, pois ela nada mais é do que um documento interno de controle e não tem poderes para obrigar o pagamento. Na verdade, o documento que origina a sua obrigação de pagar é a nota fiscal, desde que ela tenha assinatura de pessoa adequada atestando recebimento da m

CONVERSANDO SOBRE RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS

Logicamente, o processo de recuperação de cada empresa é diferente. Cada uma delas possui as suas características intrínsecas, e circunstâncias completamente distintas uma das outras. Além disso a época em que é feita cada recuperação também impacta diretamente no processo em si. Portanto, longe de mim de estabelecer um padrão para a recuperação de uma empresa, todavia alguns passos são básicos e a experiência tem mostrado que independente do ramo ou situação na qual a empresa se encontra, eles podem ser bastante producentes neste objetivo.  Inicialmente, é primordial que os proprietários do negócio, bem como os seus gestores, realmente queiram recuperar a empresa e que isso seja economicamente viável. Do contrário em vez de recuperar, a melhor alternativa pode ser desmobilizar o empreendimento. Logo em seguida é preciso ter um levantamento de todo o passivo existente. Neste passo não dá pra fazer aquelas contas de padaria, nas quais por pura preguiça os números são aproximados e consi

DESMISTIFICANDO O DINHEIRO

Os desejos e vontades do ser humano são infinitos, mas os recursos para atendê-los não são. Como lidar com isso talvez seja uma das grandes questões do ser humano, tanto no aspecto individual como coletivo. Não é incomum que nos percamos nesta dualidade, que quando mal administrada pode trazer grandes problemas. Quem vive apenas na primeira vertente, pode descolar da realidade ou ser eternamente frustrado. Quem vive na segunda vertente, por outro lado, pode tornar-se alguém limitado justificando sua própria insegurança. Os sábios já disseram que a perfeição não se encontra nos extremos e sim no meio, portanto o ideal é conhecer as duas e lidar com elas de forma a encontrar um ponto de equilíbrio.  Um dos conceitos para a Economia, enquanto disciplina de conhecimento, é compreendê-la como a ciência da escassez. Neste conceito está intrínseco o dilema entre recursos restritos e necessidades ilimitadas. Quanto mais cedo compreendemos sobre esta dicotomia, mais rápido podemos obter melhore

SOBRE GOVERNOS E PESSOAS

Não sou um cientista político nem tão pouco um filósofo que pretende definir a vida dos outros, no entanto guardo comigo a impressão de que um governo existe para promover o bem-estar da sociedade que o sustenta. Não sendo assim, não existe razão para que este governo continue ou mesmo exista. Governos que não servem à sociedade, são retratos perfeitos de organizações opressoras e exploradoras, algo que devemos expurgar de nossa contemporaneidade. Os governos possuem papel preponderante na construção das sociedades, influenciando e determinando não só o seu futuro como a sua natureza. Da mesma forma as sociedades também impactam em seus governos, embora que com menor poder de influência e menos mecanismos de coerção. Acima de debates ideológicos, aqui para nós fenômeno antiquado de 50 anos atrás, ou acima de discussões partidárias, algo por demais medíocre diante da grandeza de um país, procuro enxergar fatos concretos que sinalizam que tipo de sociedade o governo brasileiro está crian