Crônicas da Vida Corporativa

O poder é o cimento da sociedade. É ele que mantém as estruturas sociais de pé ou as desmorona. Ele é necessário e importante, mas precisa ser exercido com sabedoria. Assim como pensava o conhecido sociólogo alemão Max Weber, podemos entendê-lo como a capacidade de verter os outros a objetivos que não são os seus. O economista Jonh Kenneth Galbraith, defendia que ele se dava pela possibildade de infligir algo negativo, pela recompensa ou pela possibilidade de influenciar desejos e expectativas das pessoas, isso através da personalidade, da propriedade e da organização. Outros autores acham que a força, o carisma e a informação são as três fontes de poder na humanidade. O poder está presente nas empresas, pois elas são organismos inseridos nas sociedades humanas. Quem tem o poder é quem manda. Nas empresas cuja a constituição se diz por cotas limitadas, as famosas Ltda, o poder é exercido pelos donos. Deles emanam as decisões estratégicas, táticas e operacionais que mantêm o f

Os números de uma empresa falam. Existem pessoas que não entendem, existem outros que concentram-se mais na sua exatidão ou consistência, mas o fato é que os números são códigos importantes e a habilidade de interpretar o seu significado não se encontra em muitos executivos. Um simples extrato bancário ou a movimentação do caixa pode nos trazer grandes informações sobre as práticas existentes na organização, relacionadas a controles, prioridades de gastos e liquidez, por exemplo. O fluxo de caixa pode nos contar praticamente sobre a saúde da empresa, numa espécie de eletrocardiograma financeiro informando a movimentação vital do negócio. Já os controles de estoques, podem nos dizer onde são gastos os investimentos em materiais que a empresa realiza, um DRE nos mostra a eficiência nas suas operações, e um índice de turn over fala um pouco sobre o que pode estar existindo quando o assunto é pessoas. São muitas possibilidades. A forma como a empresa lida com os números, a

Todas as vezes que tenho oportunidade, defendo que o trabalho é um relacionamento, e como todo relacionamento, é baseado em confiança. Confiar é como ter um fio de ligação que não pode ser partido. Mais que isso, é como fiar cuidadosamente um tecido ao longo do tempo. Para mim, além de confiança, o trabalho fundamenta-se numa matriz composta por conduta e desempenho. A conduta pessoal é o alicerce de um profissional. Ela está formada pela personalidade natural     e pelo caráter formado ao longo da vida pelo aprendizado de valores. Da interação com o meio, resultam os comportamentos que reiterados, geram as condutas. Problemas de conduta normalmente são   difíceis para resolver na esfera das organizações pois elas não dispõem de meios adequados para tal. Estas questões parecem insignificantes mas costumam produzir grandes transtornos, atrapalhando os assuntos objetivos do cotidiano empresarial. As condutas pessoais no trabalho são de difícil ajuste.  Já o desempenho, pode ser apri

Toda empresa tem problemas. Não existe uma que não tenha. Por isso, existem pessoas contratadas para revolvê-los. Intressante é que em algumas empresas, existem pessoas que em vez de resolver, criam mais problemas do que ela já possui e ninguém precisa aumentar a sua cota de dificuldades.  Normalmente são pessoas que não respeitam as normas nem os outros, e muitas vezes não respeitam nem os chefes. Estão interessadas somente em si mesmas, e fazem de tudo para sair bem na foto, principalmente para o patrão. Falam mal dos outros, criticam pelas costas e nunca assumem o que dizem, apesar de dizerem que nada temem. Alguns fazem as coisas  desfazendo outras. Conseguem resultados de curto prazo, mas não constroem a sustentabilidade que habita no medio-longo prazos. No máximo são apagadores de fogueiras mas não evitam os incêndios. Com o passar do tempo, os danos aparecem.  São assim porque lhes faltam competências profissionais, e as vezes trazem na bagagem falhas de caráter. Costumam en

O naufrágio do luxuoso Titanic está completando 100 anos neste 15 de Abril. Com ele, pereceram cerca de 1500 pessoas e foi para o fundo do gelado atlântico norte os 7,5 milhões de dólares investidos no navio. Todos nós sabemos que ignorando avisos, ele bateu em um iceberg que danificou o seu casco abaixo da linha da água. Podemos ver somente 10% da massa de um iceberg que guarda os outros 90% submersos no oceano. Assim mesmo é o preço de venda de uma empresa. Ele demonstra apenas uma pequena parte das finanças empresariais. Porém se for negligenciado, pode trazer sérias consequências, levando inclusive a naufrágios similares ao deste conhecido barco. O preço de venda deve remunerar toda a operação existente, incluindo custos e despesas, sejam elas fixas ou variáveis, além do lucro. O preço de venda tem uma relação proporcional à quantidade de vendas, e compõe as receitas de um negócio, que por sua vez são fundamento para o resultado positivo. O preço de venda é apenas a ponta de to