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Mostrando postagens de setembro, 2013

CRESCER É MAIS COMPLEXO DO QUE COMEÇAR

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Por muito tempo no Brasil, uma das coisas mais complicadas que podia existir era começar um negócio. Os primeiros entraves residiam na burocracia implicante do Estado brasileiro, que atrasava as datas de conclusão dos processos e aumentava cada vez mais a documentação necessária para abrir uma empresa. Depois, as dificuldades continuavam no cenário econômico instável e nas aberrações monetárias que faziam o dinheiro perder o seu valor de maneira absurdamente rápida, dificultando sobre maneira o planejamento econômico-financeiro empresarial.  Melhoramos nos dois aspectos, mais no segundo do que no primeiro é verdade, mas melhoramos. O fato é que temos hoje uma alta taxa de natalidade de empresas e a taxa de mortalidade vem caindo, chegando a 24% menor do que no Canadá, Itália, Espanha, Finlândia, Portugal, Holanda e Nova Zelândia. Isso significa que se você abrir um negócio aqui, terá mais probabilidades de sobrevivência do que em todos estes países.   Para começar um negócio, o

PRINCÍPIOS DO ORÇAMENTO EMPRESARIAL EFETIVO

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O planejamento financeiro numa empresa é uma importante ferramenta de gestão. E ele se traduz na prática no que costumamos chamar de orçamento empresarial. Acontece que esta peça precisa ser acompanhada de uma cultura orçamentária, sem a qual corre o risco de tornar-se um amontoado de papel em uma gaveta, sem o efeito prático tão positivo que pode gerar na organização. O orçamento precisa ser sobretudo efetivo, e para que isso se realize, além do cálculo numérico, é preciso que exista um processo orçamentário ativo na empresa. Um dos mais importantes princípios de uma política orçamentária é a descentralização. Ele permite que o orçamento transcenda o nível estratégico e penetre no cotidiano dos níveis tático e operacional da hierarquia. O melhor orçamento não terá muita valia para o negócio se ele ficar restrito a um pequeno grupo de pessoas. Ele precisa se expandir e fazer parte da vida corporativa na média chefia, com a intimidade semelhante que possui com o setor de planej

O QUE ATENDIMENTO TEM A VER COM FINANÇAS

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Semana passada, eu vi no Facebook uma postagem sobre a má qualidade no atendimento ao cliente de um grande estabelecimento de varejo. Trata-se de um supermercado que adotou um conceito mais refinado em seu ambiente e seus produtos, transformando a simples compra da uma feira semanal em uma agradável experiência de bem estar. Mesmo com todo esmero na estrutura física, o atendimento parece não corresponder, pois somaram-se mais 25 comentários todos reclamando da mesma coisa. Hoje em dia com as redes sociais, estes momentos mal sucedidos com o cliente não ficam mais restritos e podem se expandir como vírus, corroendo a reputação da empresa.   Acontece que não atender bem, possui consequências financeiras que podem ser desastrosas. A empresa dispõe de três fontes de recursos financeiros incluindo o capital dos proprietários, o capital de terceiros e o capital do cliente que entra na empresa através das vendas. Por motivos óbvios, esta última forma de capitação acaba sendo mais dese

SERÁ QUE SÓ GANHA DINHEIRO QUEM TEM?

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Existe muita gente que acredita que o dinheiro só corre para quem já o tem, tal como uma lei que não está escrita em lugar nenhum mas que opera e influência em nossas vidas cotidianas. Por isso, os ricos ficariam sempre mais ricos e os pobres sempre mais pobres. Seria a mesma coisa de dizer que dinheiro atrai dinheiro numa espiral de abundância de um lado, e do outro, a mesma espiral só que de escassez. Por mais determinista que possa parecer e mesmo sem entender uma vírgula de finanças, estas pessoas podem ter uma parcela de razão. Este é um assunto interessante de examinar e por isso vamos a ele. Inicialmente, precisamos deixar claro que o dinheiro não possui a capacidade de exercer atração, como por exemplo os imãs possuem. Dinheiro é algo inanimado, uma convenção exclusivamente humana de valor que serve para facilitar as transações. Se existe algum atributo que o dinheiro possui, nós é quem atribuímos a ele. Então, por si só, ele jamais poderá preferir uma pessoa, um local

CONDUTAS QUE FOMENTAM A CRISE FINANCEIRA NAS EMPRESAS

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  A relação que algumas empresas possuem com o dinheiro, está intimamente ligada com a relação que seus donos e gestores têm com ele. Trata-se de uma questão de cultura organizacional, todavia, este fator influencia diretamente no resultado numérico da instituição, muito mais do que podemos imaginar. Não existe no balanço ou no DRE, nem em qualquer outro demonstrativo numérico empresarial, uma conta sobre este assunto, mas estes demonstrativos de certa forma traduzem em números, como a empresa lida com o dinheiro, e isso vem dos conceitos, mitos e ritos que ela guarda sobre este assunto. Como uma identidade para a qual converge estas características peculiares, cada uma apresenta sua forma de lidar com a questão monetária. Já vi algumas bem diferentes, e outras bem similares.   Grandes grupos empresariais, compostos de várias empresas de ramos distintos, atuando em vários estados do Brasil, com operações envolvendo milhões de reais, e também empresas de médio porte em grande p

NOVE ERROS OU MAIS NO MERCADO DE AÇÕES

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  As histórias de investidores podem nos ensinar muitas coisas. Algumas estão repletas de sucesso e bons lucros e outras amargam gordos prejuízos. Quando o objetivo é aprender, independentemente do resultado devemos dar atenção, mesmo que seja mais agradável ganhar do que perder. Vão-se os tostões e ficam as lições.  Recentemente, um grande amigo me contou a sua experiência com a bolsa de valores que pode servir para muita gente não repetir as mesmas condutas.  Os resultados dos investimentos estão intimamente ligados às condutas das pessoas e sua relação com o risco. Recorrendo ao acervo das Finanças Comportamentais, podemos entender que elas adotam modelos decisórios baseados principalmente na referência de outras pessoas, nas vivências passadas e também sofrem influências das circunstâncias.  O caso dele reflete bem estas possibilidades.  Em Maio de 2008, o Ibovespa passava dos 70.000 pontos e as notícias na imprensa falavam continuamente na valorização dos papéis. Matér

QUANTO VAI QUERER NA NOTA ?

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O Brasil tem uma cultura bem peculiar, é verdade. E residem em seus fatos cotidianos muitos dos motivos dos nossos grandes problemas. Fatos as vezes tão corriqueiros que nem se percebe a real natureza dos mesmos, como por exemplo o mau hábito de emitir notas fiscais para comprovação de despesas, com valores acima daqueles que foram realmente praticados. Ao perceber que o consumidor está a serviço de alguma empresa, o fornecedor pergunta sem a menor inibição quanto ele deseja que conste na nota.   Muito comum em hotéis de menor porte, restaurantes e até em táxis que emitem simples recibos, esta prática traz consigo um viés de desonestidade e afeta ambas as partes envolvidas. Senão vejamos. O fornecedor que emite uma nota cujo valor não recebeu por completo, está reconhecendo uma receita inexistente. Por consequência, se for tributado pelo faturamento, estará pagando impostos sobre um montante que não recebeu. Também haverá uma divergência entre o faturamento fiscal e o financeiro,

REPENSANDO O ENDIVIDAMENTO PARA PEQUENAS EMPRESAS

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A cultura financeira da maioria dos empresários brasileiros, faz eles fugirem do endividamento. Predominantemente, preferem usar o próprio dinheiro. Tratado com essa terminologia, o uso do capital de terceiros realmente assume uma conotação pejorativa, afinal ninguém deseja se ver atolado em dívidas. Todavia, este capital cumpre um importante papel de alavancar as empresas, fazendo-as alcançar patamares impossíveis se não estivesse presente. Talvez o empresário ache que seja mais caro tirar um empréstimo, até bem porque o custo desse dinheiro vem estampado no contrato e é uma das primeiras perguntas que se faz: Quanto é o juros? Talvez apenas repetindo uma frase mas sem entender direito como isso afeta a sua estrutura de capital, muitos pechincham, muitos reclamam e sempre acham caro qualquer que seja a taxa negociada. Mas será que eles fazem a mesma pergunta para o custo do próprio capital que está investido no negócio? Creio que não. A aversão ao capital de terceiros está mais pr

OS BANCOS PRECISAM MELHORAR

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Eles são os vilões preferidos dos revoltados com o regime. Não é por coincidência que seus estabelecimentos estão entre os alvos dos vândalos que atacaram as ruas brasileiras nos últimos meses e sempre estiveram nos discursos inflamados das mobilizações. Porém, muito da rejeição que os bancos sofrem reside na incompreensão do seu verdadeiro papel na sociedade moderna – e é mais fácil atacar aquilo que não se compreende. Mas sempre é hora de aprendermos alguma coisa. Então vamos lá.   Os bancos tem a finalidade de captar dinheiro e emprestá-lo. Quando você coloca seu dinheiro em um banco, ele lhe paga por isso através de uma taxa de remuneração do seu dinheiro. Quando alguém precisa de dinheiro e o banco empresta, ele cobra por isso através de uma taxa. A diferença entre estas duas taxas é o spread e nele consiste a primeira fonte de renda dos bancos. Mas como são prestadores de serviços, eles também cobram taxas de serviços, vendem seguros, previdência e outras coisas, tendo nis

VIAGENS PARA OS EUA MAIS CARAS A PARTIR DE AGORA

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A cidade de Nova York está a mais de 7.700km do Rio de Janeiro, mas a cada dia que passa parece estar mais distante de boa parte dos brasileiros. Isso porque, com o aumento do dólar, o sonho de conhecer a estátua da liberdade está ficando cada vez mais caro.   Há dois anos atrás, o valor do dólar turismo no começo de agosto estava em R$ 1,66 e um pacote de 7 noites na capital do mundo poderia custar em torno de R$ 4.150,00 por pessoa. Quem quiser viajar agora para lá, vai desembolsar no mesmo pacote no mínimo R$ 6.250,00, ou seja, vai pagar 51% a mais, fora outra despesas.   A economia dos EUA está dando sinais de recuperação. Isso atrai para ela mais investimentos em dólar, fazendo com que a moeda americana diminua em quantidade em outras economias, pois os dólares migram de volta para lá.  Em cada uma delas (e por aqui também), quanto menos dólar, maior o preço. Para conter essa alta, o Banco Central brasileiro tem despejado suas reservas no mercado, mas isso é só um atenu