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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

POR DENTRO DAS DECISÕES FINANCEIRAS

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O fundo de ações de Robert Thaler, conseguiu obter retornos até 3 vezes maiores do que o mercado durante 10 anos, utilizando estratégias de finanças comportamentais. Isso é um bom indicador de que precisamos considerar esta nova área de conhecimento.  Para decidir, normalmente as pessoas julgam probabilidades de eventos e valores financeiros, além de seguirem atalhos mentais relacionados com o seu comportamento. Keynes já achava que os hábitos pessoais influenciavam nas decisões econômicas. Denzau e North defendiam que em virtude de limitações cognitivas, as pessoas simplificavam padrões e construíam modelos mentais. Mas quando o assunto é decisão financeira, a ferramenta usual era a Teoria da Utilidade, mesmo que o ser humano tenha se revelado continuamente muito mais do que o homo econômicus , racional, perfeitamente informado e centrado em si próprio, um ser que deseja riqueza, evita trabalho desnecessário e tem a capacidade de decidir de forma a atingir seus objetivos.  Somente a

NOSSOS PROBLEMAS DE GESTÃO FINANCEIRA

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Muito dos problemas que vivemos e sabemos atualmente, na verdade são problemas de gestão financeira. Sejam eles na esfera pessoal, empresarial ou nacional. Temos uma das mais altas cargas tributárias do mundo, que evoluiu de 14% em 1947 para 33,5% do PIB em 2010. Apesar disso temos deficiências estruturais básicas na saúde, educação, segurança e transporte, e o governo aloca 682 milhões de dólares em um porto em Cuba, por causa de afinidades ideológicas. Na Grécia, o povo vai as ruas para protestar contra os ajustes econômicos que precisam ser feitos para corrigir desequilíbrios orçamentários do passado. Um dia, as finanças mal administradas cobram a sua conta. Muitas empresas investem milhares de reais em propaganda, sem saber exatamente a sua margem de lucro, o seu ponto de equilíbrio ou o seu prazo médio de recebimento. Ou pior, sem saber o retorno desse investimento. Endividam-se com empréstimos bancários porque gastaram mais do que deviam, ou porque seus preços não estão bem form

DOIS CAMINHOS PARA A LUCRATIVIDADE

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 O aumento da lucratividade das empresas relaciona-se diretamente com o aumento de receitas e com a redução de custos e despesas. As receitas por sua vez estão relacionadas com as vendas e são afetadas pelo preço e pela quantidade. Maiores ou menores volumes de venda, estão relacionados proximamente com o mercado e questões como clientes, concorrentes, renda pessoal, macroeconomia, alternativas de consumo e investimento, tendências, entre muitos outros pontos do ambiente externo. O gerenciamento desse componente está mais para identificação e aproveitamento de oportunidades do que para controle, salvo deficiências tributárias, no crédito, cobrança e recebimento. Na verdade, o lucro é a parte que sobra das receitas, após a dedução dos custos e despesas. Logo, a receita é que gera o lucro. Aumentos na receita incrementam mais o lucro do que reduções nos custos e despesas. Estes   encontram-se relacionados com a gestão do negócio e sujeitam-se a mais ao controle do que as receitas brut

PESSOAS NO TRABALHO

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A relação entre pessoas e finanças não é algo fácil de fazer, mas Max Gehringer fez isso de forma interessante num   recente comentário em seu programa diário na rádio CBN. Ele explicou que os favores que fazemos na vida corporativa são depreciados a uma taxa de 20% ao ano e após 5 anos, dificilmente vão ser lembrados por quem os recebeu. Portanto, os frutos devem ser colhidos no curto prazo. Já os desfavores, dificilmente são esquecidos e mesmo que demore bastante tempo, quem os recebeu vai cobrar inevitavelmente com juros e correção.  Essa analogia tem haver com outro comentário interessante que ele fez sobre as formas de destacar-se em uma empresa. Existem pessoas que preferem um caminho de médio a longo prazos, trilhando uma direção com base no trabalho e nos resultados. Existem outras que preferem uma conduta de curto prazo, reduzindo o trabalho dos outros, diminuindo, criticando os colegas ou elogiando somente o próprio trabalho para com isso obter a desejada elevação. Os

DIFERENÇAS ENTRE EMPRESÁRIOS E EXECUTIVOS

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Existem muitas diferenças entre um empresário e um executivo. O primeiro começa o negócio, é o dono, quase sempre tem senso de oportunidade e as identifica no ambiente. Muitas vezes não tem formação para gestão. Nem sempre bons empresários são bons gestores. As vezes eles dominam o negócio enquanto é pequeno, mas perdem-se quando atinge patamares maiores pois a complexidade aumenta. Os empresários assumem o risco e recebem os frutos desta iniciativa bem como respondem pelo fracasso se ele ocorrer. Os executivos em sua maioria se prepararam para assumir negócios já estabelecidos pelos outros. Os primeiros empreendem, os segundos administram. Os primeiros pensam no crescimento e nos lucros, na imagem da empresa no mercado e no resultado final, os segundos pensam nisso tudo mais as questões internas que concorrem para esses fins. Os empresários deixam as empresas quando morrem, pois elas são o seu projeto de vida, eles vivem por elas e para elas. Os executivos até podem ser assim ta

A VOCAÇÃO DO EXECUTIVO

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Para ser executivo é preciso ter vocação. É preciso gostar de lidar com números, pessoas e mercados, além de ter a capacidade de ser leal e dedicado para aquilo que não é seu. É preciso gostar de trabalhar de verdade mas sobretudo, ter habilidade para lidar com situações adversas. Ser firme sem ser áspero, ser confiável sem ser complacente, ser eqüidistante sem ser ausente. É uma mistura fina. Além dos resultados imediatos, é preciso construir  os resultados de médio e longo prazos, pois as empresas precisam de sustentabilidade organizacional. Isso não se faz de uma hora para outra. Executivos verdadeiros não são mágicos com soluções mirabolantes somente para os momentos de crise. Eles são edificadores de complexos e entrelaçados sistemas, ora abstratos ora concretos, através dos quais as coisas acontecem. Executivos verdadeiros não são estrelas que querem para si todos os holofotes, aqueles que trabalham para que sejam construídas estátuas suas sem as quais tudo desaba. A nossa voc