NOSSOS PROBLEMAS DE GESTÃO FINANCEIRA

Muito dos problemas que vivemos e sabemos atualmente, na verdade são problemas de gestão financeira. Sejam eles na esfera pessoal, empresarial ou nacional. Temos uma das mais altas cargas tributárias do mundo, que evoluiu de 14% em 1947 para 33,5% do PIB em 2010. Apesar disso temos deficiências estruturais básicas na saúde, educação, segurança e transporte, e o governo aloca 682 milhões de dólares em um porto em Cuba, por causa de afinidades ideológicas. Na Grécia, o povo vai as ruas para protestar contra os ajustes econômicos que precisam ser feitos para corrigir desequilíbrios orçamentários do passado. Um dia, as finanças mal administradas cobram a sua conta.

Muitas empresas investem milhares de reais em propaganda, sem saber exatamente a sua margem de lucro, o seu ponto de equilíbrio ou o seu prazo médio de recebimento. Ou pior, sem saber o retorno desse investimento. Endividam-se com empréstimos bancários porque gastaram mais do que deviam, ou porque seus preços não estão bem formados, ou ainda porque não controlaram suas contas direito. Alocam as suas receitas em ativos, despesas e aplicações que não resultam em boas taxas de rentabilidade.

O crédito pessoal no Brasil, em dez anos (2001-2011) saltou de 17 para 211 milhões. Muitas  pessoas gastam demais com refeições fora de casa ou com lazer, não controlam o impulso consumista e compram bens de consumo sem saber se podem pagar, perdem-se no carrossel dos cartões de crédito, cheque especial ou crediários, simplesmente porque não verificam mensalmente as suas possibilidades de pagamento. Vivemos um tempo em que pessoas, empresas e governos, precisam lidar melhor com os recursos financeiros, alocando-os de maneira mais racional e producente.

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