Crônicas da Vida Corporativa

A Cultura de Cancelamento é um fenômeno recente e intimamente ligado ao meio digital que impacta na nossa realidade de maneira avassaladora.  De uma maneira geral, um fato típico dessa nova modalidade de linchamento se inicia quando alguém publica ou externa uma opinião ou o registro de um ato próprio ou de outra pessoa. Depois muitas vezes em nome de causas “politicamente corretas” origina-se uma mobilização para desabonar, desacreditar, macular, desprezar, depreciar, degradar e até enxovalhar e ofender quem o protagonizou. O desdobramento concreto chega a perda de seguidores/admiradores e de fontes de renda com rescisões contratuais que envolvem milhões.  Vale ressaltar que uma das características intrínsecas dessa caça as bruxas contemporânea, é a desconsideração da defesa da outra parte o que em nada se assemelha ao propósito de Justiça que desenvolvemos ao longo dos séculos, sendo mais próximo do justiçamento. Mesmo que esta defesa seja razoável, ela é soterrada diante da avalanch

Para o observador mais desatento, o universo empresarial movido pelo lucro, pelo volume e pela expansão, tem muito pouco a ver com algo considerado tão abstrato e intangível como a Ética. Afinal, priorizamos as metas batidas, os resultados e as vitórias. No entanto, se formos lançar um olhar mais minucioso nesta relação, poderemos ver que as coisas na prática não são bem assim.  Desde os primórdios da atividade empresarial, mesmo que não estivesse escrita em lugar nenhum, a Ética cumpre um papel relevante e eu diria fundamental na edificação dos negócios. É claro que lidar com ela não é a mesma coisa que lidar com vendas, que você pode medir e colocar em um gráfico mostrando a evolução ao longo do tempo. Não é usual e fácil metrificar a Ética. Mas você a sente. E eu diria mais, apesar de não ser algo visível como o ativo imobilizado, todos sabem da existência ou não dela.  Não fosse por isso, a clientela não identificaria a diferença entre o comerciante que age com Ética e o outro que