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Mostrando postagens de novembro, 2013

JUROS COMPOSTOS TRADUZEM O AVANÇO DA VIDA

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Não podemos dizer que este é um assunto pouco abordado. Na verdade, existem muitas pessoas que explicam, comentam e opinam sobre ele, inclusive eu. No entanto, ao perceber que pessoas esclarecidas e inteligentes ainda possuem um conceito que pode ser ampliado, é importante voltar ao tema. Vamos conversar sobre a capitalização composta, ou como comumente costumamos falar, o método de juros sobre juros.      Chamado juridicamente de anatocismo, esta forma de capitalizar ainda é vista por muita gente bem informada, como um artifício maléfico, uma espécie de invenção ardilosa para prejudicar as pessoas comuns. Pior do que isso, é visto como crime. Um crime que seria praticado diariamente pelos bancos e instituições financeiras, pois o fato é que o mercado financeiro funciona usando este critério no Brasil e no Mundo.      A capitalização composta se caracteriza pelo fato de remunerar os juros, assim como o capital inicial. Desta forma, gera um crescimento exponencial ao long

FINANÇAS E ÉTICA

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  Por causa das informações que recebemos e do nosso desconhecimento no assunto, muitas pessoas são levadas a crer que as finanças necessariamente possuem relação com enrolação e desonestidade. Os escândalos, as crises de governos e das empresas, noticiadas com alarde, contribuem involuntariamente para a formação de um senso comum que aponta para esta atividade, todos os males da sociedade. Não é a toa que agencias bancarias são alvos de depredações e atos de vandalismo por manifestantes incontidos, personificando erroneamente para eles todo o sistema financeiro.     Esta noção equivocada, também pode ser alimentada pelos exemplos desconexos entre competência técnica e conduta moral, que alguns expoentes do mundo financeiro protagonizam.  Um bom exemplo podemos encontrar no caso de Michael Milken, ícone das finanças dos anos 80, por causa de suas operações com títulos de risco no financiamento de aquisições de empresas no mercado norte americano. Capaz de fornecer um conc

SOBRE A RETIRADA DE LUCROS

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As empresas aparecem e se estabelecem, para atender necessidades no mercado, é verdade. Elas possuem uma dimensão social. Porém, a grande maioria dos empreendedores inicia os seus negócios com o objetivo de melhorar o próprio patamar econômico. Os empreendimentos quando bem sucedidos, realmente possuem taxas de rentabilidade maiores do que qualquer aplicação financeira, além de serem fonte de realização pessoal. O fato é que todo o trabalho do empresário, e todo o risco que ele assume, fatores que no Brasil não são pequenos, são remunerados pelo lucro.     Lucrar muitas vezes virou sinônimo de usura, mas trata-se na verdade de uma recompensa justa pelo valor que a empresa agrega à sociedade. E este valor, não é definido ou determinado por ninguém em especial. Ele é formado por um método até certo ponto imparcial, através da escolha do consumidor. Na qualidade de retribuição ao investimento feito, o lucro pertence ao empreendedor.  Mesmo assim, o senso comum parece pensar de ou

PENSANDO A ESTRATÉGIA DE INVESTIMENTO EMPRESARIAL

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Uma empresa é formada por capital de curto e longo prazos. No curto prazo, está o capital que circula nas operações do negócio, resultado das vendas recebidas, das vendas ainda não recebidas, nos itens que são utilizados para produzir receitas, e nas contas ainda não quitadas mas cujos gastos já foram incorridos ou reconhecidos. Em outras palavras ou como costumamos dizer, no caixa, bancos, contas a receber, estoques e contas a pagar. Este é um tipo de capital volátil e muito dinâmico. Seu nível muda a cada operação de desembolso e recebimento, cada venda faturada, cada compra parcelada, enfim, a cada fato cotidiano da empresa. Já no longo prazo, está um capital mais estável e perene, normalmente composto de recebíveis com prazo mais dilatado, terrenos, prédios, maquinas, equipamentos, móveis, participações em outras empresas, veículos, patentes e marcas.        A determinação do tempo exato que define curto e longo prazos varia de acordo com o critério. Contabilmente, por exe

DO PREÇO AO MERCADO

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Houve um tempo em que você fazia as contas de quanto gastava nos produtos, de quanto gastava para manter a empresa, de quanto era o lucro que queria e formava o seu preço de venda. Colocava o produto ou o serviço no mercado e pronto. O dinheiro começava a entrar no caixa. Hoje, este cenário está mais para um conto de fadas do que para a realidade. A não ser que você opere em um monopólio privado ou estatal, essa equação está deixando fora uma parcela importante a ser considerada. O mercado. Em condições normais, é o mercado que define o seu preço de venda. E de uma maneira geral ele é formado pelos consumidores que compram seus produtos e pelas empresas que fornecem soluções iguais ou semelhantes. Na verdade, você e os concorrentes disputam uma parcela da renda do cliente, que é o quanto ele pode gastar em condições normais. O crédito expande este potencial de consumo mas este aumento tem seus limites. Quanto mais houver informações circulando, mais o mercado se torna eficie

MELHORANDO A QUALIDADE DA MÃO DE OBRA

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Uma das reclamações mais comuns no meio empresarial brasileiro é a baixa qualidade da mão de obra. Com um sistema educacional cheio de defeitos como o nosso, não é de se esperar outra coisa. Deficiências em português e matemática são salientes. Mais que isso, dificuldades de pensar racionalmente, de compreender um problema, analisar as soluções e escolher a melhor delas também entram na lista, assim como, dificuldades de conviver em grupo, de respeitar os limites do outro, de trabalhar em equipe, de compreender o que é responsabilidade. Tudo isso se aprende na escola, antes da entrada na faculdade. Pelo menos se deveria. Se no Brasil, esta reclamação domina o imaginário corporativo, o que dizer de Alagoas, um estado que há mais de 10 anos ocupa os piores lugares no ranking de IDH do país?  Por aqui, a situação é bem pior.  Este quadro, no entanto, exige do empresariado uma nova maneira de abordar o problema, pois de nada adianta ficar reclamando e sofrendo as consequências n

EXCESSO DE LEGISLAÇÃO PREJUDICA O DESENVOLVIMENTO

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Podemos deduzir que quanto mais simples as coisas forem, mais rápidas, mais fáceis e menos dispendiosas elas serão. Qualquer pessoa de bom senso pensaria assim e procuraria o caminho da simplificação como uma forma de facilitar o alcance do resultado. Na matemática, simplificar é um recurso importante para resolver problemas e chegar à solução. Em um corriqueiro deslocamento na cidade, buscamos o caminho mais curto para chegarmos ao destino. Mas esta lógica óbvia e razoável parece que não habita no raciocínio daqueles que fazem o Estado brasileiro. Recentemente, um amigo contabilista fez chegar ao meu conhecimento uma interessante matéria sobre a quantidade de legislação produzida no Brasil, e os números beiram a completa insanidade. A partir da promulgação da Constituição de 1988, foram editadas mais de 4 milhões e 700 mil normas, entre medidas provisórias, leis complementares e ordinárias, emendas constitucionais e decretos.  O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário

ATITUDES DIANTE DA CRISE FINANCEIRA EMPRESARIAL

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Cada crise financeira empresarial possui a sua história. Normalmente, elas refletem o encontro de fatores internos e externos que juntos fizeram com que se instalasse. A grande maioria deles não chega de repente. Na verdade, já existiam e não eram percebidos como tal. Uma crise financeira vai sendo construída ao longo de um tempo as vezes longo, as vezes curto, até que um dia no teatro corporativo, sai detrás da cortina e assume o seu lugar no palco principal.  Elas não escolhem as empresas pelo tamanho. Escolhem pelas suas práticas. Se não fosse assim, o grupo de Eike Batista jamais enfrentaria os problemas que está enfrentando. Com uma gestão onde os profissionais sucumbiam aos caprichos do dono, ostentação e pouca ética na hora de estimar suas operações, aquele que chegou a ser considerado um dos 10 homens mais ricos do planeta, hoje está às turras com seus credores. A despeito de toda a complexidade do caso, o que aconteceu no grupo das empresas X, pode ser simplificado e oc