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Mostrando postagens de 2013

JUROS COMPOSTOS TRADUZEM O AVANÇO DA VIDA

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Não podemos dizer que este é um assunto pouco abordado. Na verdade, existem muitas pessoas que explicam, comentam e opinam sobre ele, inclusive eu. No entanto, ao perceber que pessoas esclarecidas e inteligentes ainda possuem um conceito que pode ser ampliado, é importante voltar ao tema. Vamos conversar sobre a capitalização composta, ou como comumente costumamos falar, o método de juros sobre juros.      Chamado juridicamente de anatocismo, esta forma de capitalizar ainda é vista por muita gente bem informada, como um artifício maléfico, uma espécie de invenção ardilosa para prejudicar as pessoas comuns. Pior do que isso, é visto como crime. Um crime que seria praticado diariamente pelos bancos e instituições financeiras, pois o fato é que o mercado financeiro funciona usando este critério no Brasil e no Mundo.      A capitalização composta se caracteriza pelo fato de remunerar os juros, assim como o capital inicial. Desta forma, gera um crescimento exponencial ao long

FINANÇAS E ÉTICA

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  Por causa das informações que recebemos e do nosso desconhecimento no assunto, muitas pessoas são levadas a crer que as finanças necessariamente possuem relação com enrolação e desonestidade. Os escândalos, as crises de governos e das empresas, noticiadas com alarde, contribuem involuntariamente para a formação de um senso comum que aponta para esta atividade, todos os males da sociedade. Não é a toa que agencias bancarias são alvos de depredações e atos de vandalismo por manifestantes incontidos, personificando erroneamente para eles todo o sistema financeiro.     Esta noção equivocada, também pode ser alimentada pelos exemplos desconexos entre competência técnica e conduta moral, que alguns expoentes do mundo financeiro protagonizam.  Um bom exemplo podemos encontrar no caso de Michael Milken, ícone das finanças dos anos 80, por causa de suas operações com títulos de risco no financiamento de aquisições de empresas no mercado norte americano. Capaz de fornecer um conc

SOBRE A RETIRADA DE LUCROS

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As empresas aparecem e se estabelecem, para atender necessidades no mercado, é verdade. Elas possuem uma dimensão social. Porém, a grande maioria dos empreendedores inicia os seus negócios com o objetivo de melhorar o próprio patamar econômico. Os empreendimentos quando bem sucedidos, realmente possuem taxas de rentabilidade maiores do que qualquer aplicação financeira, além de serem fonte de realização pessoal. O fato é que todo o trabalho do empresário, e todo o risco que ele assume, fatores que no Brasil não são pequenos, são remunerados pelo lucro.     Lucrar muitas vezes virou sinônimo de usura, mas trata-se na verdade de uma recompensa justa pelo valor que a empresa agrega à sociedade. E este valor, não é definido ou determinado por ninguém em especial. Ele é formado por um método até certo ponto imparcial, através da escolha do consumidor. Na qualidade de retribuição ao investimento feito, o lucro pertence ao empreendedor.  Mesmo assim, o senso comum parece pensar de ou

PENSANDO A ESTRATÉGIA DE INVESTIMENTO EMPRESARIAL

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Uma empresa é formada por capital de curto e longo prazos. No curto prazo, está o capital que circula nas operações do negócio, resultado das vendas recebidas, das vendas ainda não recebidas, nos itens que são utilizados para produzir receitas, e nas contas ainda não quitadas mas cujos gastos já foram incorridos ou reconhecidos. Em outras palavras ou como costumamos dizer, no caixa, bancos, contas a receber, estoques e contas a pagar. Este é um tipo de capital volátil e muito dinâmico. Seu nível muda a cada operação de desembolso e recebimento, cada venda faturada, cada compra parcelada, enfim, a cada fato cotidiano da empresa. Já no longo prazo, está um capital mais estável e perene, normalmente composto de recebíveis com prazo mais dilatado, terrenos, prédios, maquinas, equipamentos, móveis, participações em outras empresas, veículos, patentes e marcas.        A determinação do tempo exato que define curto e longo prazos varia de acordo com o critério. Contabilmente, por exe

DO PREÇO AO MERCADO

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Houve um tempo em que você fazia as contas de quanto gastava nos produtos, de quanto gastava para manter a empresa, de quanto era o lucro que queria e formava o seu preço de venda. Colocava o produto ou o serviço no mercado e pronto. O dinheiro começava a entrar no caixa. Hoje, este cenário está mais para um conto de fadas do que para a realidade. A não ser que você opere em um monopólio privado ou estatal, essa equação está deixando fora uma parcela importante a ser considerada. O mercado. Em condições normais, é o mercado que define o seu preço de venda. E de uma maneira geral ele é formado pelos consumidores que compram seus produtos e pelas empresas que fornecem soluções iguais ou semelhantes. Na verdade, você e os concorrentes disputam uma parcela da renda do cliente, que é o quanto ele pode gastar em condições normais. O crédito expande este potencial de consumo mas este aumento tem seus limites. Quanto mais houver informações circulando, mais o mercado se torna eficie

MELHORANDO A QUALIDADE DA MÃO DE OBRA

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Uma das reclamações mais comuns no meio empresarial brasileiro é a baixa qualidade da mão de obra. Com um sistema educacional cheio de defeitos como o nosso, não é de se esperar outra coisa. Deficiências em português e matemática são salientes. Mais que isso, dificuldades de pensar racionalmente, de compreender um problema, analisar as soluções e escolher a melhor delas também entram na lista, assim como, dificuldades de conviver em grupo, de respeitar os limites do outro, de trabalhar em equipe, de compreender o que é responsabilidade. Tudo isso se aprende na escola, antes da entrada na faculdade. Pelo menos se deveria. Se no Brasil, esta reclamação domina o imaginário corporativo, o que dizer de Alagoas, um estado que há mais de 10 anos ocupa os piores lugares no ranking de IDH do país?  Por aqui, a situação é bem pior.  Este quadro, no entanto, exige do empresariado uma nova maneira de abordar o problema, pois de nada adianta ficar reclamando e sofrendo as consequências n

EXCESSO DE LEGISLAÇÃO PREJUDICA O DESENVOLVIMENTO

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Podemos deduzir que quanto mais simples as coisas forem, mais rápidas, mais fáceis e menos dispendiosas elas serão. Qualquer pessoa de bom senso pensaria assim e procuraria o caminho da simplificação como uma forma de facilitar o alcance do resultado. Na matemática, simplificar é um recurso importante para resolver problemas e chegar à solução. Em um corriqueiro deslocamento na cidade, buscamos o caminho mais curto para chegarmos ao destino. Mas esta lógica óbvia e razoável parece que não habita no raciocínio daqueles que fazem o Estado brasileiro. Recentemente, um amigo contabilista fez chegar ao meu conhecimento uma interessante matéria sobre a quantidade de legislação produzida no Brasil, e os números beiram a completa insanidade. A partir da promulgação da Constituição de 1988, foram editadas mais de 4 milhões e 700 mil normas, entre medidas provisórias, leis complementares e ordinárias, emendas constitucionais e decretos.  O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário

ATITUDES DIANTE DA CRISE FINANCEIRA EMPRESARIAL

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Cada crise financeira empresarial possui a sua história. Normalmente, elas refletem o encontro de fatores internos e externos que juntos fizeram com que se instalasse. A grande maioria deles não chega de repente. Na verdade, já existiam e não eram percebidos como tal. Uma crise financeira vai sendo construída ao longo de um tempo as vezes longo, as vezes curto, até que um dia no teatro corporativo, sai detrás da cortina e assume o seu lugar no palco principal.  Elas não escolhem as empresas pelo tamanho. Escolhem pelas suas práticas. Se não fosse assim, o grupo de Eike Batista jamais enfrentaria os problemas que está enfrentando. Com uma gestão onde os profissionais sucumbiam aos caprichos do dono, ostentação e pouca ética na hora de estimar suas operações, aquele que chegou a ser considerado um dos 10 homens mais ricos do planeta, hoje está às turras com seus credores. A despeito de toda a complexidade do caso, o que aconteceu no grupo das empresas X, pode ser simplificado e oc

DIFERENÇAS ENTRE GESTÃO E AMADORISMO

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    Afinal o que é gestão? O que faz alguém ser um gestor de verdade ou ser alguém que somente reage as circunstâncias, resolvendo problemas e desatando nós? Bem, muitos já responderam estas perguntas. Existem muitos conceitos e definições em livros, artigos e reportagens. Nas conversas informais, cada um tem a sua opinião que como tal deve ser respeitada. Afinal, todos nós temos o direito de ter uma, mesmo que existam alguns que pensam diferente. Eu tenho a minha. Ela foi construída ao longo de muitas aulas, muitas leituras, muita experiência na vida prática das empresas. É somente mais uma opinião, mas serve de referência para mim e pode servir para você também. A primeira coisa que distingue um gestor é o norte. Isso mesmo. Um gestor sabe o que faz e para onde vai. Ele não fica experimentando se dá certo ou dá errado, tomando medidas sem saber direito no que vão resultar, ou mesmo com base no que os outros sugerem ou estão fazendo, em função do momento ou do humor do di

TODAS AS FACES DE UMA CRISE FINANCEIRA NA EMPRESA

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Uma crise financeira é um evento inesquecível para uma empresa. Principalmente se ela for a primeira, pois a gestão estará despreparada para enfrentá-la, e não é incomum que entre em pânico. Ela altera padrões e comportamentos, invade o cotidiano como uma nuvem de fumaça, muitas vezes retirando a visão do fim do túnel, levando as pessoas a acreditarem que não há saída. Mas as crises financeiras existem para serem superadas. Elas ensinam, elas fortalecem aqueles que aprendem, e elas podem ser uma boa alavanca para melhorar. Tecnicamente falando, uma crise financeira empresarial tem características bem definidas. A empresa não tem recursos para honrar todas as suas obrigações e possui um passivo de volume relevante, muitas vezes maior que seu patrimônio. Os controles financeiros estão desarrumados ou são mesmo inexistentes. As decisões são tomadas em função da circunstância e da pressão. Não há horizontes a perseguir. A estrutura organizacional é confusa e deficiente. As recei

CRESCER É MAIS COMPLEXO DO QUE COMEÇAR

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Por muito tempo no Brasil, uma das coisas mais complicadas que podia existir era começar um negócio. Os primeiros entraves residiam na burocracia implicante do Estado brasileiro, que atrasava as datas de conclusão dos processos e aumentava cada vez mais a documentação necessária para abrir uma empresa. Depois, as dificuldades continuavam no cenário econômico instável e nas aberrações monetárias que faziam o dinheiro perder o seu valor de maneira absurdamente rápida, dificultando sobre maneira o planejamento econômico-financeiro empresarial.  Melhoramos nos dois aspectos, mais no segundo do que no primeiro é verdade, mas melhoramos. O fato é que temos hoje uma alta taxa de natalidade de empresas e a taxa de mortalidade vem caindo, chegando a 24% menor do que no Canadá, Itália, Espanha, Finlândia, Portugal, Holanda e Nova Zelândia. Isso significa que se você abrir um negócio aqui, terá mais probabilidades de sobrevivência do que em todos estes países.   Para começar um negócio, o

PRINCÍPIOS DO ORÇAMENTO EMPRESARIAL EFETIVO

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O planejamento financeiro numa empresa é uma importante ferramenta de gestão. E ele se traduz na prática no que costumamos chamar de orçamento empresarial. Acontece que esta peça precisa ser acompanhada de uma cultura orçamentária, sem a qual corre o risco de tornar-se um amontoado de papel em uma gaveta, sem o efeito prático tão positivo que pode gerar na organização. O orçamento precisa ser sobretudo efetivo, e para que isso se realize, além do cálculo numérico, é preciso que exista um processo orçamentário ativo na empresa. Um dos mais importantes princípios de uma política orçamentária é a descentralização. Ele permite que o orçamento transcenda o nível estratégico e penetre no cotidiano dos níveis tático e operacional da hierarquia. O melhor orçamento não terá muita valia para o negócio se ele ficar restrito a um pequeno grupo de pessoas. Ele precisa se expandir e fazer parte da vida corporativa na média chefia, com a intimidade semelhante que possui com o setor de planej

O QUE ATENDIMENTO TEM A VER COM FINANÇAS

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Semana passada, eu vi no Facebook uma postagem sobre a má qualidade no atendimento ao cliente de um grande estabelecimento de varejo. Trata-se de um supermercado que adotou um conceito mais refinado em seu ambiente e seus produtos, transformando a simples compra da uma feira semanal em uma agradável experiência de bem estar. Mesmo com todo esmero na estrutura física, o atendimento parece não corresponder, pois somaram-se mais 25 comentários todos reclamando da mesma coisa. Hoje em dia com as redes sociais, estes momentos mal sucedidos com o cliente não ficam mais restritos e podem se expandir como vírus, corroendo a reputação da empresa.   Acontece que não atender bem, possui consequências financeiras que podem ser desastrosas. A empresa dispõe de três fontes de recursos financeiros incluindo o capital dos proprietários, o capital de terceiros e o capital do cliente que entra na empresa através das vendas. Por motivos óbvios, esta última forma de capitação acaba sendo mais dese

SERÁ QUE SÓ GANHA DINHEIRO QUEM TEM?

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Existe muita gente que acredita que o dinheiro só corre para quem já o tem, tal como uma lei que não está escrita em lugar nenhum mas que opera e influência em nossas vidas cotidianas. Por isso, os ricos ficariam sempre mais ricos e os pobres sempre mais pobres. Seria a mesma coisa de dizer que dinheiro atrai dinheiro numa espiral de abundância de um lado, e do outro, a mesma espiral só que de escassez. Por mais determinista que possa parecer e mesmo sem entender uma vírgula de finanças, estas pessoas podem ter uma parcela de razão. Este é um assunto interessante de examinar e por isso vamos a ele. Inicialmente, precisamos deixar claro que o dinheiro não possui a capacidade de exercer atração, como por exemplo os imãs possuem. Dinheiro é algo inanimado, uma convenção exclusivamente humana de valor que serve para facilitar as transações. Se existe algum atributo que o dinheiro possui, nós é quem atribuímos a ele. Então, por si só, ele jamais poderá preferir uma pessoa, um local

CONDUTAS QUE FOMENTAM A CRISE FINANCEIRA NAS EMPRESAS

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  A relação que algumas empresas possuem com o dinheiro, está intimamente ligada com a relação que seus donos e gestores têm com ele. Trata-se de uma questão de cultura organizacional, todavia, este fator influencia diretamente no resultado numérico da instituição, muito mais do que podemos imaginar. Não existe no balanço ou no DRE, nem em qualquer outro demonstrativo numérico empresarial, uma conta sobre este assunto, mas estes demonstrativos de certa forma traduzem em números, como a empresa lida com o dinheiro, e isso vem dos conceitos, mitos e ritos que ela guarda sobre este assunto. Como uma identidade para a qual converge estas características peculiares, cada uma apresenta sua forma de lidar com a questão monetária. Já vi algumas bem diferentes, e outras bem similares.   Grandes grupos empresariais, compostos de várias empresas de ramos distintos, atuando em vários estados do Brasil, com operações envolvendo milhões de reais, e também empresas de médio porte em grande p