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Mostrando postagens de fevereiro, 2015

EQUILÍBRIO ENTRE TRABALHO E DINHEIRO É FUNDAMENTAL

Trade-off é um conceito econômico que significa troca oculta. Quando você escolhe alguma coisa necessariamente está preterindo outra. Dessa maneira quando escolhemos tomar água estamos deixando de beber refrigerante, quando escolhemos salada estamos deixando de comer massa, quando escolhemos investir na poupança estamos deixando de alocar dinheiro nos CDB´S, e quando escolhemos empreender estamos automaticamente deixando de lidar com o conformismo. Ele considera acertadamente que os recursos que dispomos são restritos, que existem limitações na realidade, e que por isso não dá para fazer tudo o que você imagina. Não é à toa que a Economia pode ser tratada como a ciência da escassez.   Este conceito deriva para outro também muito interessante. O conceito de custo de oportunidade. Por ele, da mesma maneira que você pode ter um ganho com uma escolha, tem uma perda pela escolha que deixou de fazer. Funciona mais ou menos assim. Digamos que você acertou um contrato com o cliente, no q

O QUE FAZER PARA CAPITAR INVESTIDORES PARA A SUA EMPRESA ?

Tenho recebido demandas de empresas com a finalidade de capitarem ou receberem investidores, que muitas vezes serão novos sócios. Trata-se de uma missão interessante e desafiadora. De um lado, temos o empreendedor, com o seu conhecimento do negócio, com as suas dificuldades cotidianas de gestão e a sua visão otimista do próprio empreendimento, e do outro, temos o investidor, que possui as suas expectativas e peculiaridades. Dois universos bem distintos que precisam encontrar o ponto de convergência. Acredito que é possível efetuar este up grade em um negócio, para que ele possa alçar vôos maiores, agregando capital financeiro e humano. Isto porque, sem dinheiro e pessoas você não consegue sequer tirar um projeto do papel, quanto mais fazer uma empresa crescer. No entanto, algumas providências precisam ser tomadas para que esta operação alcance o sucesso desejado. E inicialmente temos que compreender o que deseja aquele que vai injetar recursos na empresa, para corresponde-lo.  

A INTERRUPÇÃO NO TRABALHO ATRASA A PROSPERIDADE

A interrupção no trabalho é uma epidemia no Brasil. Na grande maioria dos cargos por aqui, você não consegue começar e terminar uma tarefa sem que seja interrompido. Os agentes da interrupção são muitos. Ligações do telefone convencional, externas ou dos ramais da empresa. Mensagens do Whatsapp dos grupos ou de números individuais. Mensagens do mensseger do Facebook. Alguém que vai até a sua mesa perguntar algo. Alguém que lhe pede uma ajuda para determinado assunto. Mas também a falta de informação suficiente para concluir o serviço, falta de material adequado, queda do sistema, problemas na rede, e até falta de energia elétrica. Tudo isso faz com que os trabalhos durem mais do que deveriam. E não estou falando somente de escritórios não. Refiro-me também à produção.   O trabalho é um fluxo com começo, meio e fim. Toda vez que alguma coisa interrompe este fluxo fica de standy by. O resultado também. Toda vez que uma dificuldade aparece e precisa ser contornada, é como se fosse um

SIM, EU ACREDITO NA MUDANÇA

Algumas pessoas tem me perguntado o que eu acho da manifestação marcada para 15 de Março. Elas querem saber se vai dar resultado, se vai adiantar alguma coisa, se vai ter muita gente, enfim esperam uma opinião. Então eu resolvi dizer para vocês, o que tenho respondido. Penso que a maioria do Congresso nacional não quer tirar a presidente. Ele prefere desgasta-la porque assim muda o polo de poder do executivo para o legislativo. Com isso também muda o fluxo financeiro. Lembre que as moedas de troca são favores, cargos e além do próprio dinheiro. Este desgaste ocorreria durante todo o seu mandato. O Congresso tem sido um suporte para tudo o que está acontecendo, mas o pragmatismo impera por lá. Não espere coerência ideológica. Espere sensibilidade econômica.   No entanto, por causa da má gestão e do cenário político, a economia está em deterioração. A elevação dos preços controlados já está decorrendo em inflação, e os salários nunca acompanham a espiral inflacionária. O poder aq

O FATOR BOB ESPONJA

Neste carnaval, fui com minha filha e minha esposa fazer um programa que já tornou-se tradição em nossa família. Ir ao cinema, Confesso que depois que nossa pequena nasceu, conhecemos quase todos os desenhos animados do circuito. Estava em cartaz o longa metragem do Bob Esponja, aquela figura amarela e quadrada, um tanto barulhenta, que mora em um abacaxi na Fenda do Bikini, local onde também habitam o Lula Molusco, Patrick, Sr.Siriguejo, uma tal de Sandy Bochecha e muitos outros. Se você não conhece, o calça quadrada é uma surreal esponja do mar que vive aventuras atrapalhadas com um toque de exagero e estilo debiloide. Pois é, gostamos do filme e demos boas gargalhadas com as besteiras. Foi uma boa diversão.     Tanto que ao chegar em casa, descobrimos na internet que Bob Esponja e seus companheiros foram criados por um biólogo marinho e que seu primeiro desenho foi ao ar em primeiro de Maio de 1999. No dia do trabalho, foi quando ele conseguiu o emprego de chapeiro na lanchonet

FINANCIAMENTO: O PROBLEMA DA SAÚDE

A prestação de serviços de saúde no Brasil é um grande "case" a ser resolvido. Nela temos uma grande demanda mas temos uma infinidade de clientes insatisfeitos por causa da má qualidade no atendimento. Temos profissionais insatisfeitos pela baixa remuneração e por condições de trabalho insuficientes. E temos estabelecimentos insatisfeitos, muitas vezes em estado de deterioração. Não é fácil encontrar um ramo onde exista tanta insatisfação junta. Porém, gostaria de abordar o assunto pela ótica de finanças. A meu ver, estamos na verdade diante de um problema de financiamento.   Sim a gestão de hospitais é complexa. A saúde é bastante regulada, talvez a atividade mais regulada que exista na economia brasileira. Algumas ilhas de excelência conseguem bons resultados desenvolvendo uma gestão profissional e eficiente. Todavia, mesmo com um funcionamento melhor não conseguem resolver a equação financeira que fundamenta o setor. Nela, temos equipamentos caros, materiais caros, mã

PADRÃO DILMA: GESTÃO BRASILEIRA EM RISCO

O nosso país está mal gerido, não restam dúvidas. A realidade e os indicadores mostram isso. Porém, a despeito das evidências que alguns ainda tentam evitar, para preservar favorecimentos, por limitação ideológica tendenciosa ou falha de caráter, o governo que protagoniza a gestão maior de todas as gestões nacionais, sejam públicas ou privadas dá verdadeiras aulas de como não proceder no comando de uma organização difundido este exemplo ruim para milhões de brasileiros. O mal que isso causa é incalculável. Na verdade, ele está disseminando um padrão bizarro de gerir. E o que é mais grave, gerir o que é dos outros. Se você quiser ser um gestor sério algum dia, fique longe destas práticas, pois elas são o contrário de tudo o que existe na doutrina do bom gerenciamento.   De certa forma, o brasileiro já possuía um estilo de gerir bem peculiar, marcado pelo pouco planejamento e controle. O que conhecemos por jeitinho brasileiro, na verdade é um by pass nos procedimentos e normas, uma

QUAL O VALOR DE UMA STARTUP ?

Uma startup é uma pequena empresa que tem possibilidades de um rápido crescimento. Nem toda pequena empresa pode ser chamada dessa maneira, já que para ser classificada assim, o negócio precisa ter algumas características peculiares. Elas operam em um alto grau de incerteza e por isso o lucro esperado também é alto. Então a rentabilidade acima dos padrões habituais é fundamental. Risco e retorno são proporcionais. Elas precisam ser repetíveis, ou seja, precisam ter um modelo de negócios que possibilite a sua expansão sem a perda do formato inicial, e precisam ser escaláveis. Precisam crescer sem que os custos subam na mesma proporção. Precisam fazer o que chamamos de economia de escala.   O universo da tecnologia é favorável às startups e por isso, elas estão vivendo há algum tempo, um momento de grande natalidade. Em todo lugar e a toda hora, nasce uma empresa com estas pretensões. Muito parecido com o nascimento das tartarugas marinhas que eclodem dos ovos aos milhares e somente

SEJA ORIGINAL

Cada negócio é diferente do outro. Então, não dá para usar as mesmas estratégias para todos eles. Cada um tem a sua margem, o seu mercado e as suas vantagens competitivas. Por mais parecidos que possam aparentar, eles são essencialmente diferentes, e utilizar as mesmas ações pode não ser a melhor alternativa. Quando o assunto é empresas, não existe receita de bolo.   Abrir um negócio, é apenas o primeiro passo na caminhada do empreendedorismo. Mais difícil do que iniciar um empreendimento é fazê-lo crescer e mantê-lo. Os clientes não vão aparecer somente porque a empresa começou e o dinheiro não vai correr para a carteira. Sem trabalho, não há resultado. A maioria dos jovens brasileiros sonha em ter seu próprio negócio, mas todos nós precisamos saber que isso requer muito mais empenho do que ser funcionário dos outros.   A busca pela receita operacional é diária. Todos os dias, você tem de correr atrás dela, se quiser obtê-la. Tem de pensar em novas formas de abordar, atender e

RECESSÃO BATENDO NA PORTA

A boa notícia depois do Carnaval, é que o mercado e o governo já convergem para um PIB negativo em 2015, em torno de -0,42. Em outras palavras, além de cair agora a economia está retraindo. A confusão é tanta que não se fala abertamente em recessão, mas creio que é exatamente isso que está acontecendo. Desculpem a ironia no começo do parágrafo, mas isso de bom não tem nada.   A economia é o contexto onde estão imersas as empresas. Elas produzem os produtos e serviços que são consumidos pelas famílias, que por vez geram renda para as empresas, num círculo virtuoso de geração de riqueza. Se a economia vai retrair é sinal de que teremos menos dinheiro circulando, menos produção e menos vendas, mais inadimplência, mais contas a receber, mais contas a pagar, mais estoques e menos lucratividade. Somando isso a mais juros e mais inflação, o cenário de dificuldade está montado.   Antes do Plano Real, as empresas conviviam com inflação alta mas perdiam a capacidade de planejar no longo

VERDADE SOBRE CONSULTORIA

Você pode contratar o melhor consultor do mundo. Mandar buscar ele nos Estados Unidos, na Europa ou em São Paulo. Pode pagar honorários a peso de ouro. Ele pode ter feito boas coisas em outras empresas. Pode ter escrito textos maravilhosos e ter dado palestras impressionantes. Mas se você não fizer algo pelo seu negócio, se você não mudar as práticas, não observar as recomendações que ele vai dar, nada vai acontecer. Isso mesmo. Nada. A consultoria é um serviço importante mas quem toma conta da sua empresa é você. Ela não substitui a gestão e se você assim o quer, na verdade está misturando as coisas com boa ou má intenção. O papel de um consultor é analisar e recomendar. O papel da empresa é fazer. Se não faz, não tem como ter o resultado esperado. E não adianta reclamar do consultor, da economia, dos jurados do desfile das escolas de samba ou da crise hídrica. Lamento dizer mas a responsabilidade é sua. Foi você quem contratou a consultoria, foi você quem pagou a consultoria, e

BONS SÃO OS INDICADORES

Qualquer pessoa que avança um pouco no universo do gerenciamento, já ouviu falar em indicadores. Eles são medidas que servem de referências para a gestão. Com os indicadores  você pode controlar, planejar, tomar decisões rápidas e fundamentadas. Quem domina os indicadores, domina o negócio.    Mas você precisa saber compreendê-los para saber utilizá-los. Do contrário, serão apenas números sem sentido e poderão até atrapalhar a sua vida, com muito trabalho em vão para apurá-los ou com escolhas erradas em função deles. Quer um exemplo? Vejamos a Liquidez Corrente. Todos os livros definem este indicador como resultado da divisão entre ativo circulante e passivo circulante. O resultado é um número como 1,2 ou 0,8. Ele diz para você o quanto a empresa possui para fazer frente às dívidas de curto prazo. Assim sendo, uma liquidez corrente de 1,2 significa que para cada 1 real de obrigação a empresa tem 1,2 de recursos para pagar. Mas atenção: Como o ativo circulante é composto das dispon

A PERGUNTA DA VIABILIDADE

Sim, todo empreendedor é entusiasmado com o seu projeto industrial. Sem entusiasmo, não haveria realização. Não é raro que converse sobre ele demonstrando todos os aspectos do seu funcionamento. Como e onde vai adquirir matéria prima, o tipo de máquina que vai usar e até quanto vai produzir. Ele sabe até quanto precisa para deixar tudo em ordem. Na cabeça deste empreendedor, o seu projeto é sensacional, original e tem um excelente faturamento. Este é o problema. Está tudo na cabeça dele, um local onde as informações podem ser influenciadas pelas emoções e afetadas pelas memória. Lá elas podem ser diferentes da realidade.  O ideal é somente começar um empreendimento após um estudo de viabilidade. A viabilidade de um negócio envolve a relação entre três fatores: O mercado, o produto e a gestão. No primeiro está a cadeia econômica na qual vai se inserir a empresa. Também estão os concorrentes diretos e indiretos, e principalmente os clientes e consumidores. Este conjunto é que define

A PARALISIA PELO CAPITAL SOCIAL

Tenho me deparado em muitos clientes com esta mesma situação. A empresa entra numa espécie de letargia, paralisando as suas iniciativas estratégicas de melhoria e desenvolvimento, muitas delas entrando em processo auto destrutivo. O volume de investimentos diminui, o faturamento deixa de apresentar tendência de crescimento, a margem de lucratividade apresenta declínio, o imobilizado se deteriora, o endividamento aumenta. E não adianta muito melhorar processos, implantar planejamento e gerenciamento estratégicos, investir nas políticas de RH, arrumar as finanças ou reposicionar a empresa no mercado. Nestes casos, o alvo a ser trabalhado está mais acima.  Toda empresa possui um ciclo de vida, assim como os seres vivos. E da mesma forma, ele possui as fases de nascimento, crescimento, maturidade e declínio, todas com características bem peculiares, tanto na sua gestão como no seu universo financeiro. Na fase de maturidade, a empresa procura manter seu status quo mas forças muito maio

O VAREJO NÃO ANDA SÓ

O varejo é o comércio em pequenas quantidades feito direto ao consumidor final do produto ou do serviço. Por isso ele está intimamente ligado ao poder de consumo da população e nos últimos anos, tem sido um dos motores da economia brasileira. Até 2013, a atividade havia crescido 106% nos últimos 10 anos, com taxas anuais sempre maiores do que as do PIB, aumentando sua participação para 26%, e ainda demonstrando potencial de crescimento.  Isso fez com que o número de estabelecimentos de varejo, aumentasse consideravelmente no mercado, obrigando aos grandes, médios e pequenos revisarem suas estratégias, sejam eles novos ou antigos no ramo. O varejo é bastante dinâmico e quem assim não o percebe, corre o risco de ter prejuízo. Além de estar atento ao ponto, ao preço e ao produto, nos tempos atuais o gestor precisa priorizar sobretudo a promoção, sendo ela o conjunto de ações para comunicar-se com a clientela e principalmente fomentar a venda.  É um erro fatal, imaginar que a ativ