PADRÃO DILMA: GESTÃO BRASILEIRA EM RISCO

O nosso país está mal gerido, não restam dúvidas. A realidade e os indicadores mostram isso. Porém, a despeito das evidências que alguns ainda tentam evitar, para preservar favorecimentos, por limitação ideológica tendenciosa ou falha de caráter, o governo que protagoniza a gestão maior de todas as gestões nacionais, sejam públicas ou privadas dá verdadeiras aulas de como não proceder no comando de uma organização difundido este exemplo ruim para milhões de brasileiros. O mal que isso causa é incalculável. Na verdade, ele está disseminando um padrão bizarro de gerir. E o que é mais grave, gerir o que é dos outros. Se você quiser ser um gestor sério algum dia, fique longe destas práticas, pois elas são o contrário de tudo o que existe na doutrina do bom gerenciamento.
 
De certa forma, o brasileiro já possuía um estilo de gerir bem peculiar, marcado pelo pouco planejamento e controle. O que conhecemos por jeitinho brasileiro, na verdade é um by pass nos procedimentos e normas, uma atitude permanente de improviso cujos resultados apenas atendem aos próprios interesses. A famosa Lei de Gérson, na qual o brasileiro intenciona levar vantagem em tudo, quase sempre prejudicando os demais, demonstra uma conduta competitiva, é verdade. Competitiva e pouco ética. Mas as atitudes do padrão de gestão praticado por este governo, avançam muito mais. Nas finanças tem sido um desastre. Desequilíbrio orçamentário, gastando mal e descontroladamente, levando o Estado a uma situação de dificuldade, prejudicando a Economia, é a grande marca. O que é pior, maqueando os números e relatórios para confundir a identificação do problema. No quesito investimento, outro desastre. A infraestrutura interna está caindo aos pedaços e ele se esmera em investir fora e perdoar dívidas. No controle interno, nem se fala. Basta ver a corrupção nas estatais e presente dentro do governo. Em governança corporativa, que requer transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade ética, a nota é praticamente zero.
 
No que seria o marketing, ele protagoniza um caso a parte. Usa uma propaganda completamente fora da realidade, emite declarações desastrosas, procurando colocar em terceiros a culpa pelos próprios problemas e cria problemas diplomáticos por motivos injustificáveis, adota posições incoerentes, enfim, um verdadeiro festival de atrocidades aos manuais do assunto. Na área de recursos humanos, o quadro se completa de maneira escabrosa. Excesso de pessoas na equipe, falta de metas e direcionamento, perfis inadequados para os cargos com raras e honrosas exceções. Em estratégia, outra confusão. Os indícios apontam que possui um projeto bem definido mas este projeto não condiz com o que a população realmente deseja. Muitos conflitos podem vir em decorrência disto.
 
Enfim, uma coleção de práticas típicas de administradores medíocres e incompetentes. Na empresa, na universidade, no boteco da esquina seriam demitidos ou corrigidos. Mas esta situação incômoda, também nos traz boas lições. Ela demonstra como um grupo organizado é capaz de impor-se à maioria, independentemente se isso é bom ou ruim. Indica que somente através da organização superaremos esta fase amarga, e qualquer outra que exista, em qualquer lugar. Nestes anos, estamos assistindo aulas práticas de uma espécie de gestão que coloca em risco o arcabouço moral e material do objeto de gerenciamento, que propaga para o mundo um padrão brasileiro que nos denigre e apequena, e que demonstra para os jovens um ensinamento equivocado do que é gerir. Está na hora de retomar o rumo.
 

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