O VAREJO NÃO ANDA SÓ

O varejo é o comércio em pequenas quantidades feito direto ao consumidor final do produto ou do serviço. Por isso ele está intimamente ligado ao poder de consumo da população e nos últimos anos, tem sido um dos motores da economia brasileira. Até 2013, a atividade havia crescido 106% nos últimos 10 anos, com taxas anuais sempre maiores do que as do PIB, aumentando sua participação para 26%, e ainda demonstrando potencial de crescimento. 

Isso fez com que o número de estabelecimentos de varejo, aumentasse consideravelmente no mercado, obrigando aos grandes, médios e pequenos revisarem suas estratégias, sejam eles novos ou antigos no ramo. O varejo é bastante dinâmico e quem assim não o percebe, corre o risco de ter prejuízo. Além de estar atento ao ponto, ao preço e ao produto, nos tempos atuais o gestor precisa priorizar sobretudo a promoção, sendo ela o conjunto de ações para comunicar-se com a clientela e principalmente fomentar a venda. 

É um erro fatal, imaginar que a atividade consiste apenas em montar a banca, sentar e esperar o cliente chegar. Com o enorme volume de alternativas que o mercado possui, disputando a renda do consumidor, quem age desta maneira pode acabar sem faturamento suficiente para pagar os gastos fixos no final do mês. Somente esperar ou assistir o mercado com suas variações, não é uma boa conduta gerencial. O varejo exige proatividade, iniciativa e antecipação. 

O varejista não deve olhar para as suas vendas e dizer que período tal foi bom, período tal foi ruim, contentando-se com isso. Seria como alguém que precisa pegar peixes e fica na beira da praia, assistindo e esperando o mar encher para trazê-los. Quando a maré recuar, ficará com fome. Você deve buscar os peixes todos os dias, onde eles estiverem. Aproveite os tempos de maré cheia, potencializando suas vendas,mas em tempos de maré seca, construa um barco e vá atrás do seu sustento, jogue as redes em outros lugares, use iscas que você não usava. Afinal, as águas podem até variar, mas as contas para pagar não variam na mesma proporção. 

O varejo não anda só. Ele precisa de promoção de preço,  de quantidade, propaganda, planejamento e muita dedicação. Manter um mark up suficiente para financiar o negócio, liquidar estoques com baixo giro e praticar compras eficientes, dentro da capacidade de pagamento, são recomendações para todos os seguimentos. Vale para o famoso carrinho de pipoca do Valdir como para as grandes redes de lojas que você conhece. 

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