Crônicas da Vida Corporativa

Nas empresas e na vida existem muitos teóricos. Muita gente opinando, criticando, sugerindo, comentando. Vivemos uma época de especialistas em todos os assuntos. Economia, Gestão, Politica, Direito, Medicina, Física Quântica, Gastronomia, Antropologia, Psicologia, e por aí vai, Acontece que nem sempre são especialistas mesmo, mas sim pessoas que sem reserva ou humildade, opinam sobre assuntos que não dominam necessariamente. Acontece que a realidade não é feita somente de ideias e achismos. Ela é feita sobretudo pelos práticos. Pelos empreendedores que tomam a iniciativa e não pelos sonhadores que nunca tiram seus planos do papel. Somos muitos na hora de falar e poucos na hora de executar. Muitos querem dizer o que deve ser feito, sem nem saber fazer. Poucos sabem efetivamente como fazer. Lembra-me muito aquela cena clássica da frente de trabalho, onde uns poucos fazem o buraco e a maioria fica em volta olhando. Olhando e dando opinião. Quantas vezes você já foi a

De um tempo para cá, virou moda fazer a diferenciação entre chefe e líder, líder e chefe, sempre da mesma maneira. Um é o mocinho e o outro é o vilão. Um é arcaico e o outro é de vanguarda. As fotos e desenhos são muito significativos. Normalmente, um é feio e velho, com expressão autoritária e o outro sempre sorridente, jovem e simpático. Acontece, que esta dualidade caricata não representa bem a realidade. A liderança é um fenômeno bastante complexo que não cabe em estereótipos.  Esgotar o assunto em um post, é praticamente impossível. Mas podemos, abordar alguns pontos importantes neste assunto. O primeiro são as circunstâncias. A liderança é profundamente afetada por elas. As emergências exigem lideranças mais diretivas. Os momentos de criatividade exigem lideranças mais reflexivas. Vale salientar, que a liderança pode até influenciar a circunstância, mas é quase impossível alterar toda a conjuntura em volta. Normalmente, os momentos fazem os líderes.  Outro fator

Os problemas na gestão de pessoas acumulam-se todos os dias nas empresas brasileiras. São  contratações mal feitas, desvio de função, incompatibilidade de cargos e salários, falta de treinamento eficiente, ausência de planos de carreira e incentivos à produtividade, demissões inadequadas, falta de documentação regular, excesso de jornada muitas vezes sem remuneração, descumprimento dos intervalos no expediente, desuso de equipamentos e medidas de segurança, num extensa lista de pontos que acabam por onerar financeiramente os empreendimentos, corroendo a lucratividade e a eficiência. É verdade que o Estado mais atrapalha que ajuda, mas não podemos ficar somente reclamando sem fazer nada. As empresas brasileiras precisam entender de uma vez por todas que a gestão de pessoas não é coisa de amadores, e que existem leis que devem ser cumpridas. Neste assunto, o empresário não faz o que quer. Faz o que deve ser feito.  Um dos problemas quando o assunto é pessoas, vem de políticas despadroniz

Existem muitos conceitos sobre negociação, e até modelos para serem observados. Mesmo que as variáveis envolvidas em um processo negocial sejam muitas e diversas. Existem muitos livros sobre negociação, palestras e cursos. Mesmo que a maioria das pessoas ignore as recomendações, pesquisas e estudos sobre o assunto, e na hora de negociar a prefiram fazer do jeito que bem entendem. Sobre este assunto, comigo existem duas certezas fruto das vivências e das lições que colecionei. Mesmo que muitas vezes não consiga realizá-las por completo.  A primeira delas é que numa negociação, as bases precisam estar bem claras. Claras para ambos os lados. Estamos tratando de que, quais são as condições, quais as possibilidades, quais os objetivos. Parece óbvio, e é mesmo. Entretanto, já vi muita negociação perecer porque estas bases não ficaram suficientemente esclarecidas. Gasta-se tempo e dinheiro, para no final alguém dizer que não era isso que estava sendo tratado.  A outra é que quanto mais gente