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Mostrando postagens de 2014

AS TRÊS DECISÕES DAS FINANÇAS CORPORATIVAS

O mestre Damodaran, ensina que as decisões que a proprietária de uma pequena livraria e o CEO da Boeing são praticamente as mesmas. Ambos querem continuar e prosperar em seus negócios. Se você toma conta de uma empresa, seja ela uma industria, comércio ou prestação de serviços, de capital aberto ou fechado, de grande ou pequeno porte, também pode se considerar na mesma situação. Quando falamos em finanças corporativas, estamos sempre e invariávelmente falando de três decisões. Existem coisas que exigem muito mais que isso.  A primeira decisão que tanto a dona da livraria como o chefão da Boeing precisam tomar, chama-se decisão de investimento. Eles precisam alocar os recursos em ativos que produzam retornos financeiros satisfatórios. Estes retornos podem ser conseguidos com aumento de receitas ou redução de custos, mas devem gerar fluxo de caixa e retorno sobre o investimento. Damodaran explica que a construção de um café na livraria para atrair mais clientes e um novo jumbo, se enquad

CONTAS E CENTROS DE CUSTO: O PRIMEIRO PASSO PARA ORGANIZAR O SETOR FINANCEIRO

Para você organizar o setor financeiro, existe um primeiro passo. Antes de implantar os controles, é preciso definir as contas e os centros de custo. A grande maioria dos sistemas possui recursos para cadastrar estes parâmetros, porém muita gente se atrapalha exatamente na hora estabelecer o que são as contas e o que são os centros de custo. Então, nunca é tarde para refletir sobre cada um deles e ao distingui-los e dirimir as confusões que decorrem de uma classificação equivocada.  A diferença entre os dois é bem fácil. A conta é o gênero, o centro de custo é o local. A conta classifica o gasto de acordo com a sua natureza, informando o que é aquele número. A conta é o nome do gasto. E por isso, sempre devemos começar por elas. Tributos, folha, energia, despesas financeiras, são exemplos de contas. Já os centros de custo, classificam os gastos conforme a sua origem ou alocação, informando onde eles o ocorreram. Os centros de custo completam as contas. E por isso vêem depois. Administr

QUAL A DIFERENÇA ENTRE ECONÔMICO E FINANCEIRO ?

Dentro das empresas pouca gente sabe a diferença entre e economico e financeiro. E este desconhecimento causa muitos transtornos, erros de cálculo, números equivocados e decisões ruins. Quem não distingue estas duas abordagens acaba por fazer muita confusão no dia a dia empresarial. Por isso, está na hora de identificarmos corretamente cada um destes universos de uma vez por todas. Vamos lá.  Econômico é tudo aquilo que origina o financeiro. Uma venda quando é faturada, é um ato econômico. Quando é recebida é um fato financeiro. O faturamento dá origem ao recebimento. Uma compra quando é realizada ou um contrato quando é firmado, são atos econômicos. O pagamento desta compra ou deste contrato é um fato financeiro. A compra e o contrato originaram o pagamento. O custo sempre é um fato econômico. Quem custeia considerando informações financeiras precisa tomar cuidado. A grande diferença dos dois é o tempo. No escopo econômico, tudo ocorre no mesmo período, no financeiro, os fatos são de

COMO MEDIR A PRIMEIRA EFICIÊNCIA DE UMA EMPRESA

A primeira eficiência de uma empresa é aquela relacionada com a natureza do negócio, com a sua atividade fim, com o núcleo em torno do qual todas as outras coisas se aglomeram. A eficiência econômica de um empreendimento se mede pela lucratividade. Se estamos diante de um negócio que mantém a sua margem de lucro ao longo do tempo, estamos diante de um negócio eficiente.  A primeira eficiência é a produtiva ou comercial, a depender se a empresa trata-se de industria, comércio ou serviços. O indicador que mede esta eficiência é a margem bruta.  Para medirmos o patamar de eficiência produtiva ou comercial, começamos em separar as receitas em operacionais e não operacionais. Selecione nas primeiras. aquelas relacionadas com as vendas dos produtos ou serviços e nas segundas todas as outras. Agora, você vai deduzir destas receitas os impostos que são calculados sobre ela, as comissões, os descontos, as trocas, e tudo mais que reduz o preço liquido, aumentando de volume juntamente com ela. Se

DOIS MERCADOS BEM DIFERENTES

Sim, são dois mercados. Dois mercados bastante diferentes. No primeiro, você precisa identificar as necessidades das pessoas, precisa desenvolver soluções envolvendo tecnologia,  recursos humanos, materiais e financeiros, precisa assumir o risco de não dar certo e arcar com as consequências, precisa gerir tudo isso com competência, precisa correr atrás do resultado todos os dias sem parar. Neste mercado você trabalha. E trabalha muito. As contas precisam ser certas e a desonestidade atrapalha. Busca-se eficiência o tempo todo. O dinheiro está no mercado e através de uma boa entrega, você pode conseguir uma fatia para você. E de quebra ainda proporciona que outras pessoas tenham uma renda e quem sabe também sigam o mesmo caminho algum dia. Ainda gera impostos para a sociedade financiar suas necessidades através do estado. Este é o mercado empresarial, frequentado por empreendedores, empresários, executivos, profissionais liberais e trabalhadores. Os fatores críticos de sucesso deste mer

SOBRE EQUILÍBRIO E DESEQUILÍBRIO FINANCEIROS

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Você pode imaginar que equilíbrio é estabilidade, paridade, proporcionalidade e harmonia. Ou pensar que é um estado cujas forças se contrabalançam e se anulam de maneira mútua. Você pode saber que a falta de equilíbrio é danosa pois causa assimetria e que os sistemas o procuram continuamente. Mas o que você precisa saber, é que o equilíbrio é necessário nas finanças de um governo, de uma empresa ou de uma pessoa, e que a presença dele ou a falta dele trazem cada qual suas consequências. Nestes casos, o equilíbrio é uma escolha. Em um governo, o desequilíbrio financeiro, também chamado de fiscal, causa endividamento, inflação e aumento de impostos. Você pode até mudar a lei escrita, mas não vai conseguir alterar estas consequências, que mais cedo ou mais tarde virão. Em uma empresa, a situação não é diferente. O desequilíbrio orçamentário entre receitas e gastos, leva ao prejuízo, ao endividamento e se não for revertido pode levar à inviabilização. E nas finanças pessoais, este

QUANDO O PROBLEMA É O DONO

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Toda empresa na verdade reflete as qualidades e os defeitos de quem a dirige. No caso das pequenas e médias empresas, elas refletem os proprietários. Isso porque, a gestão dos negócios deste tamanho, estão entregues as pessoas que detém as cotas. Neste contexto, gestão e propriedade são uma coisa só. Acontece que na prática e na teoria, são duas coisas completamente diferentes. Ser dono, não significa ser necessariamente um gestor e vice versa. Pior ainda, em muitos casos, o maior problema da empresa está exatamente neste ponto. No dono. Os donos são seres humanos iguais a mim e a você. Muitos deles possuem características que não se adequam bem ao desafio de administrar. Pior do que isso. Muitas vezes estas características atrapalham. Mudar de opinião a toda hora, querer mudanças repentinas, jogar as pessoas contra as outras, destratar as pessoas no trabalho, não trabalhar o suficiente na empresa para acompanhá-la como deveria, não entender as consequências das próp

O VOTO E O ESPELHO

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O candidato no qual você vota, é um reflexo do que você pensa e desta maneira, espelha em parte quem você é. Se você escolhe um candidato desonesto, que pratica crimes contra o erário, que compra votos ou que usa a política para enriquecer o próprio patrimônio, está de certa maneira dizendo que você aceita estas práticas e que se tiver oportunidade, poderá fazer a mesma coisa. Se você escolhe um candidato que não se leva a sério, aquele do tipo palhaço ou que encarna personagens ridículos, está dizendo que você também não se leva a sério, tão pouco o seu futuro e o dos seus filhos por exemplo, mesmo que pense que com isso está fazendo um voto de protesto. Se você vota em um candidato sem condições intelectuais de exercer o cargo, sem o conhecimento devido das questões as quais vai se deparar, está dizendo com isso que você também não tem condições de eleger ninguém. Se você vota em um candidato que segue uma ideologia equivocada, aquela que se diz o paraíso aqui na terra mas

SOBRE PASSEATAS E OUTRAS COISAS MAIS

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Uma passeata é um pequeno passeio. Mas ele tem uma finalidade. Há muito tempo e em muitas culturas, os militares fazem passeatas para exibir as suas tropas. As bandas participam de passeatas para fazer a sua música ser ouvida. Os cidadãos civis fazem passeatas para manifestarem publicamente a sua opinião sobre determinado assunto, contra ou favor do mesmo. A passeata é essencialmente uma exibição. No jogo político, mais do que uma exibição, as passeatas são demonstrações de força, numa maneira bem similar ao modelo militar. Se uma passeata tem pouca gente, automaticamente você pensa que aquele assunto não tem tanto apoio. Se ela está repleta de adeptos, somos inclinados a pensar que o volume significa necessariamente a mesma proporção de relevância do tema. A verdade é que sem sempre as coisas são assim. A importância do tema não está diretamente relacionada ao volume de pessoas em um evento destes, mas sim ao tipo, à qualidade e à eficiência na sensibilização e mob

CONSULTORIA E ADMINISTRAÇÃO: NEM SEMPRE ALIADAS.

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É de se esperar que uma consultoria organizacional ou de gestão e a administração da empresa que a contratou, sejam aliadas no processo de melhoria do funcionamento. Nada mais lógico. Se a direção da empresa contratou uma consultoria é porque imagina que a mesma poderá ajudar neste objetivo. O papel de uma consultoria desta natureza é identificar, recomendar, orientar, acompanhar implantações, monitorar os resultados e informar a direção sobre o andamento do projeto. O papel da administração é executar as ações de melhoria, observar os resultados e até propor e realizar novas ações, se tiver condições. Trazendo experiências de outras organizações e conhecimento técnico, a consultoria pode realmente contribuir com a elevação do padrão da empresa sem fazer parte de sua cultura, que muitas vezes a impede de prosperar. Conhecendo a realidade e o cotidiano do negócio, administração contribuir para o efetivo salto de qualidade desejado. Em outras palavras, consultoria e administra

CAMINHO PARA O HOTEL TAVARES CORREIA

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Recentemente, fui à cidade de Garanhuns no estado de Pernambuco, para atender uma empresa cliente. Como era um sábado, aproveitei e levei a família para conhecer o hotel Tavares Correia. Quando eu era criança, fui algumas vezes lá sempre com boas recordações. Muita gente da minha geração fez o mesmo, tanto que existem centenas de pessoas com lembranças dos dias que ali passaram. Com boa comida, amplo espaço de lazer e o clima frio da cidade, o hotel era destino escolhido por muitas famílias nos anos 70. O tempo passou, as coisas mudaram, outras opções apareceram, e o hotel ficou ali, como se esperando para ser redescoberto. Esperando para encontrar uma nova fase áurea em sua existência. Enquanto caminhava pelos seus jardins envelhecidos, comecei a pensar no que eu faria para que ele reencontrasse essa rota. E é exatamente isso que eu vou contar para você. Afinal este é o meu trabalho e mesmo em momentos de lazer, não deixo de estar buscando alternativas para que as empresas es

A REFORMA QUE EU QUERO

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Todo mundo tem uma reforma política na cabeça. Esta é a minha. Mas antes que confundam as coisas, não sou candidato a nada. Somente a cidadão de um país melhor. Cada pessoa só pode ser candidato a cargo eletivo uma vez na vida. Afinal, o objetivo é servir a sociedade e depois voltar para a sua profissão. Nada de carreirismo e nada de reeleição. Um mandato de quatro anos para contribuir e pronto. Renovação sempre.  Se uma pessoa é candidato ou já tem um mandato, seus parentes não podem fazer o mesmo. Seja pai, filho, tio, sobrinho, primo ou cunhado.   Esta estória de vocação fica para ser exercida em outra coisa. Melhor ser um cientista, jornalista, empreendedor, professor, médico, advogado, administrador ou engenheiro. Ser deputado ou governador é uma doação. Esta conversa de família, fica para a foto de natal. Basta um colaborando com o bem comum.  Para ser candidato, principalmente se eleito, todos os sigilos ficam quebrados, sejam eles fiscais, telefônicos ou

O QUE SÃO EMPRESAS MADURAS ?

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Em 1952, um vendedor de máquina para milk shake entrou na lanchonete de dois irmãos na Califórnia. Ficou maravilhado com o funcionamento. Tornou-se sócio do empreendimento e depois o comprou. Hoje ele se chama McDonalds, o melhor exemplo de como transformar um pequeno negócio  em um sucesso mundial. Inspirado neste e em muitos outros exmplos, Michael Gerber escreveu sobre o que ele chama de "o mito do empreendedor". Trata-se de uma noção errada e simplória que muitos empreendedores possuem do que vem a ser um negócio e o que deve ser feito para que ele prospere. Muitas empresas perecem exatamente por isso. Para ele, as empresas possuem apenas três fases de vida: Infância, adolescência e maturidade. Na primeira, a empresa e o proprietário são praticamente a mesma pessoa. Um não vive sem o outro. Muitas empresas estacionam nesta fase, mesmo depois de vários anos de existência. São eternas infantes.  Elas entrariam na adolescência quando resolvem pedir ajuda. Muito

A VIDA SEGUNDO OS OBJETIVOS

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Todos nós possuímos objetivos na vida. Mesmo que não saibamos disso, mesmo que eles não estejam declarados ou revelados para os outros, ou para nós mesmos. No entanto, os objetivos determinam as nossas atitudes, as nossa condutas e acabam por definir quer queiramos quer não, a nossa vida. Se alguém deseja ser rico e este objetivo é prioritário em sua vida, a partir do momento que isso realmente for decidido, certamente fará com que esta pessoa procure de alguma maneira realizar o seu intuito. Se alguém deseja passar em um concurso, e este desejo é realmente verdadeiro, não é surpreendente que esta pessoa ao se determinar para este objetivo de vida, adote uma rotina e programações de estudo capazes de leva-lo a realizar seu desejo verdadeiro. Logicamente, possuir objetivos não é garantia de realiza-los, que normalmente acontece em função de uma combinação de fatores tais como, oportunidade, capacitação e persistência, por exemplo. Alguns destes fatores estão fora da nos

O QUE FAZER COM “O FIM DO BRASIL” ?

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Em Julho de 2014, Felipe Miranda, sócio da Empiricus Research, empresa brasileira de pesquisa e investimentos, publicou um material que gerou algum desconforto e reações contrárias, inclusive ação judicial para retirar o conteúdo do   conotações políticas. No texto, em meio a uma estratégia de marketing para vender os seus serviços e produtos, Felipe anuncia uma severa crise econômica que se avizinha fundamentando sua impressão em vários sinais. 1 – Baixo crescimento histórico do PIB com previsões confirmando esta tendência para o futuro. O autor comparou o crescimento atual com as taxas de períodos e de governos anteriores, em relação ao mundo, países emergentes e América Latina, demonstrando que os atuais resultados são realmente ruins. 2 – Inflação persistentemente alta e acima do centro da meta, de 4,5% ao ano. O autor lembra que existem preços represados pelo governo na energia elétrica e no etanol, o que indica um controle artificial da inflação. Ou seja, na prática

O MERCADO SOMOS NÓS

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Recentemente, estava eu voltando da viagem de atendimento a um cliente, quando ouvi no rádio um pedaço de entrevista que me chamou a atenção. Imagino eu, que tratava-se de um produtor cinematográfico brasileiro, comentando sobre as produções nacionais. Ele falava que certa vez, observou que a maioria das estreias nas salas em São Paulo, eram de um mesmo filme, aqueles que rendem grande bilheteria, deixando pouco espaço para as produções menos comerciais e locais. Lucidamente, um dos entrevistadores perguntou como fazer para mudar esta situação, já que isso se dava pela maior procura do público. Sem responder diretamente, o entrevistado discorreu sobre um assunto paralelo, exemplificando que em certos canais pagos de assinatura existe uma lei que obriga-os a apresentar produções nacionais e que devemos nos perguntar se o público tido como menos maduro frequenta mais os cinemas, porque os filmes são mais superficiais ou os filmes são mais superficiais porque atendem a este público

CONSELHO AOS ESTUDANTES DE ADMINISTRAÇÃO

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    Todo estudante de administração sonha em ser diretor de uma empresa. Este cargo, de certa maneira representa um patamar elevado, podendo significar uma comprovação de sucesso profissional.   É compreensível e justo que as pessoas almejem crescer na vida, que desejem conquistar melhores condições de vida e que utilizando recursos honestamente, possam alcançar os seus objetivos. Por isso, não há nada de errado em querer ser chefe. O que é errado é pensar que a graduação em administração vai garantir isso. Realmente é um equívoco, mergulhar somente nos estudos e apostar todas as fichas que esta estratégia vai pavimentar a estrada certa e direta para a cadeira de quem manda. Na verdade, o estudo é muito importante, mas por si só não garante que você conheça a prática. Por isso, o ideal é que você comece logo cedo a trabalhar numa empresa, o tipo de organização que você sonha dirigir um dia. E este começo deve ser por baixo. Não há nenhuma vergonha em ocupar cargos menos i