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Mostrando postagens de fevereiro, 2016

UMA BOA LIÇÃO DE JACK WELCH

Os custos com pessoal são sempre relevantes nas empresas brasileiras. Isso porque, além do salário, elas pagam 70%, 100% a 120% de encargos sociais, benefícios e obrigações vinculadas a folha. A mobilidade também é difícil e cara. Obter bons colaboradores exige investimentos em processos seletivos e treinamentos, pois o sistema educacional na grande maioria dos casos não entrega pessoas prepararas para as tarefas que o mercado de trabalho precisa. Mudar pessoas de função exige cuidado, para não ferir regulamentações sindicais e a CLT, causando mais despesas se houver descuidos. Demitir então nem se fala, além das verbas rescisórias, a empresa paga o ônus imposto pelo Estado, com aumento no aviso prévio por tempo de serviço e multa rescisória sobre o FGTS, além da burocracia peculiar dos processos nacionais. Certa vez, ouvi de uma empreendedora a grande verdade: "O Brasil faz de tudo para a gente não contratar !" Reitero que pessoas são fundamentais em um empreendimento, mas o

DUAS DICAS DE FINANÇAS PARA SUA EMPRESA

As projeções para a nossa economia ficam piores a cada dia. Estamos com queda no PIB, na confiança do empresariado, na arrecadação, no faturamento das empresas, nas vagas de emprego, no valor da moeda, enfim, estamos numa recessão econômica alimentada por uma crise política e moral. As crises são processos seletivos. Nela, inevitavelmente uns vão superar e outros vão perecer. É como um funil onde não passa todo mundo. Você pode ignorar isso e contar com a sorte, pode ficar na tentativa e erro até acertar, ou pode se profissionalizar e aumentar suas chances de sucesso. Em um mundo de crises, as empresas precisam de gestão competente, principalmente na área financeira. Os erros tem um custo. E não são baratos.  Numa empresa, todas as decisões possuem um componente financeiro. Damodaran acredita nisso. E eu também.  Quando falamos em Finanças Corporativas, estas decisões estão relacionadas com investimentos, financiamentos e o quanto pagar aos sócios, que na prática impacta no capital de

QUANDO FAZER UM VALUATION ?

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A avaliação de uma empresa é um processo bem mais complexo do que a realização de cálculos. Você pode ter a melhor planilha, o melhor modelo matemático, mas precisa ter experiência em empresas e capacidade de perceber aspectos intangíveis do negócio. O processo matemático pode ser aprendido. A percepção precisa de vivência para ser aprimorada. Certamente, a segunda avaliação será melhor que a primeira, a terceira melhor que a segunda, e assim por diante. Claro que aprender com aqueles que já passaram por isso, vai economizar muitos erros, porém mesmo assim, este aprendizado não vai reduzir a necessidade da experiência.  O Valuation como é chamado este processo, atende a muitas necessidades nem sempre identificadas pelo cliente. Originalmente, elaborado para empresas de capital aberto com ações negociadas em bolsa nos EUA, disseminou-se da academia para o mercado, e hoje no Brasil também atende empresas de capital fechado de vários portes. Nestas, a primeira necessi

AS EMPRESAS DEVEM SER AVALIADAS FREQUENTEMENTE

Em uma estrada de asfalto existem muitas pedras pequenas. Elas estão lá porque soltaram-se da manta. Elas são muito importantes para a estrada mas ninguém se abaixa para apanhá-las e guardar no bolso. Muito diferente se fossem diamantes. Todos correriam para pegar e guardar muito bem guardados. Diamantes são pedras. Mas nem por isso, você vive recolhendo  pedras por aí.  Saber o valor das coisas faz com que você se interesse e cuide melhor delas.  Neste aspecto, uma empresa é como uma pedra. É um investimento formado por um conjunto de ativos. É como um bem, um carro, uma casa, uma cadeira, com uma diferença. Ela gera riqueza. É como um diamante. Assim, como todos estes itens, uma empresa também tem o seu valor. E conhecer este valor, fará com que seus gestores cuidem melhor dela. E isso não deve ser feito somente na hora da venda. Normalmente quando isso ocorre, você estará vendendo por  um preço abaixo do que poderia obter, perdendo bastante dinheiro. E creio que perder dinheiro não

O LUCRO É NECESSÁRIO

Até hoje ele é demonizado no Brasil, mas na verdade quem define a existência e o crescimento de uma empresa é o Lucro. E quem impulsiona o desenvolvimento de um país são as empresas. Então, o lucro é mais fundamental do que seus críticos podem imaginar.  O lucro alimenta o capital de giro, que por sua vez mantém a empresa em funcionamento. Se parte do lucro não for reinvestido no negócio, ele simplesmente não cresce e tem dificuldades de funcionar. Logicamente existem engenharias financeiras diferentes para cada tipo de empreendimento. Existem aqueles que usam recursos dos clientes e de terceiros na sua operação. Para que esta estratégia funcione, o custo desse capital deve ser menor do que usar o dinheiro próprio. Mas quando isso não ocorre, é o velho e bom lucro que mantém as portas abertas.   O lucro também define a capacidade de crescimento da empresa. Quanto maior o lucro, maior será a capacidade de investimento ou de endividamento, se ela usar capital de terceiros para crescer. E

POR QUE SOMOS CONSUMISTAS ?

Lidar com dinheiro, exige disciplina e desapego. Exige que você seja superior e não dependente dele. Exige que mande nele e não ele em você. Exige sobretudo que você entenda como as coisas funcionam em termos financeiros.  Os brasileiros possuem noções muito rudimentares sobre Finanças. A maioria delas foi adquirida com parentes e amigos, que transmitem um conhecimento baseado na tradição nem sempre adequada à circunstância atual. A verdade é que desconhecemos a mecânica da prosperidade.  Um dia destes, estava conversando sobre uma questão relacionada a isto. Estávamos refletindo porque o brasileiro tem dificuldade de poupar, investir e é tão voltado para o consumo, a ponto de um governo irresponsável concentrar seus econômicos nisto, para maliciosamente agradar o eleitorado. Em outras palavras, por que consumimos mais do que poupamos e investimos ?  Um dos motivos, é a ostentação. A necessidade de demonstrar para os outros sinais exteriores de riqueza e superioridade. Quantas pessoas

O QUE DIZEM O DRE E O FLUXO DE CAIXA ?

O Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) e o Fluxo de Caixa, são duas importantes ferramentas gerenciais. Vamos tratar um pouco de como o gestor pode e deve utilizá-las. Antes de mais nada, ele precisa compreender que os dois não são excludentes. São complementares. Logo, não é producente trabalhar somente com um ou outro, Use os dois.  Comece pelo DRE. Ele informa a eficiência da gestão em suas diversas margens. Não trata-se de dinheiro. Trata-se de gestão, preços de venda e compra, quantidades, desperdícios, processos enxutos, decisões corretas. Tudo isso está refletido nele. O resultado do DRE, nunca é o seu saldo financeiro mas impacta nele. Se em um determinado mês houver lucro, ele estará acrescentando o saldo de caixa nos próximos meses. Se por outro lado houver prejuízo, ele também estará impactando negativamente o caixa futuramente. Um mês de prejuízo será pago por um mês de lucro e vice versa. Vários meses de prejuízo, farão o caixa necessitar de reforço. O DRE origina