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Mostrando postagens de março, 2013

GERIR É LIDAR COM RESTRIÇÕES

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Gerir é acima de tudo lidar com a restrição. É ter a habilidade de identificá-la e quantificá-la da maneira correta, e ter o conhecimento para alocar os recursos disponíveis, de forma que o resultado seja o melhor possível. Gerir é superar obstáculos todos os dias. É alcançar objetivos apesar das dificuldades. Administrar não é para todo mundo, apesar de muitos pensarem que é. O amadorismo destrói nossas empresas, nossos governos e o nosso país.   Para lidar com as restrições é preciso inicialmente inteligência emocional e auto controle. Não é producente se aborrecer ou se desesperar diante delas.   Mais do que isso, é preciso aceitá-las como parte do jogo. Se não houvesse restrições não seriam necessários administradores.   Tudo seria possível. Seria um mundo irreal pois existem restrições de tempo, dinheiro, pessoas, competências, conhecimento, tecnologia, legislação, mercado, e muitas outras. Administradores são essencialmente seres da realidade.   Depois de preparo pes

SURDEZ SUPERIOR

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Uma das piores deficiências dos gestores é a incapacidade de ouvir. Esse tipo de chefe não tem paciência para escutar realmente. Escutar de verdade. Considerando os pontos de vistas dos outros e construindo soluções com eles. Analisando o que escuta. Acrescentando conteúdos. Para este perfil, essa conduta é uma perda de tempo, pois eles não possuem essa possibilidade. Isso os impede de receber informações importantes sobre o mundo a sua volta, sobre o cotidiano da empresa, e com isso, compreender a realidade que os cerca, os seus problemas, as soluções mais adequadas e eficazes. Os impede de compreender a empresa onde trabalham fazendo com que vivam com uma noção da mesma muito diferente do que realmente ela é. Quem não ouve, acaba criando um mundo paralelo que só atende às suas conveniências. Ouvir é um ato de coragem antes de tudo. Na verdade existem motivos para que essa surdez superior aconteça. Ela se fundamenta em prepotência e arrogância, mesmo que não aparentes. Mesm

ONDE VOCÊ DEVE TRABALHAR ?

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No mundo dos negócios existem muitos tipos de empreendimentos. Existem aqueles que foram montados apenas para enriquecer os donos. Apesar de não aparecer em nenhum documento constitutivo nem nos quadros que informam a missão, visão e valores, a finalidade verdadeira é apenas esta. Se a instituição deixa de existir por algum motivo, não tem problema. Se começa outro. E não importam as famílias que dali tinham uma renda, os tributos que deixaram de ser recolhidos perdendo toda sociedade, ou mesmo as dívidas com fornecedores que deixaram de ser pagas levando prejuízos a terceiros ou os empréstimos bancários que ficaram em aberto. O que importa é que o dono saia bem. E bem significa rico. Não há vínculo com o empreendimento e sim com o dinheiro que ele gera. E pode acreditar. Isso faz toda a diferença. Normalmente, esses empreendimentos não valorizam a ética, nem o cumprimento de contratos, normas ou leis. Além disso, não valorizam as pessoas trocando-as como peças defeituosas que

A TELA DA TV

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Uma das piores práticas que uma empresa pode adotar é a gestão circunstancialista. Ela funciona mais ou menos assim. Num dia, o problema é o turn over, no outro é o atendimento, no outro é o caixa, no outro é a manutenção, e por aí vai. De vez em quando eles se repetem mas somente quando as circunstancias assim o determinam. Cada dia ou cada hora é um problema que é enfocado, sem que haja concentração nas suas causas ou se atue nos fundamentos. No cotidiano, as pessoas correm para lá e para cá, as vezes até trombando umas nas outras, somente para resolver o que está aparente. Está faltando papel ? Compra. Porém ninguém se detém em responder porque faltou e o que fazer para nunca mais faltar. Mais que isso, não são tomadas providências estruturadas e viáveis para tal. É muito comum inclusive, que o assunto em foco, seja levantado com um certo drama, uma certa gravidade, procurando culpados em vez de soluções. É parecido com aquele tipo de imprensa que cada dia mostra uma denuncia dif

FINALMENTE QUAL O MEU MERCADO?

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Para não cometer erros elementares lembre-se sempre de que um mercado não é dimensionado pelas necessidades que você pode atender, mas fundamentalmente pela possibilidade de pagamento que ele tem pelo atendimento destas necessidades. Isto significa que podem existir 100.000 pessoas que precisam do seu produto, mas isso não é o seu mercado. Destas precisam ser retiradas aquelas que vão comprar do concorrente e principalmente aqueles que não possuem renda para lhe pagar. Porque de nada adianta vender se você não receber pelas vendas que fez. O seu mercado é aquele que compra o seu produto reiteradas vezes, pagando por ele um preço suficiente para gerar seu lucro, num tempo que permita você pagar seu fornecedor sem quebrar. Logo, o seu mercado não é feito de pessoas mas das rendas destas pessoas que podem ser transferidas para você através das transações de vendas que vocês firmarem. O estabelecimento desta visão, pode evitar muitos erros empresariais.

UM CAMINHO NA FLORESTA

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Os números de uma empresa precisam de consistência como uma liga entre o que é abstrato e o que é concreto. Eles são códigos que devem traduzir a realidade. Significa dizer que eles precisam ter um fundamento factual que possa ser verificado, refeito, consertado ou confirmado, além de estarem exatos e corretos. Eles podem não agradar, podem surpreender, podem confirmar impressões ou desfaze-las mas eles precisam ser consistentes. Ter números assim exige trabalho e conhecimento. Não é um passe de mágica. É uma construção. Um dos cuidados a serem tomados é uma boa memória de cálculo por exemplo, baseada em documentos que comprovem cada elemento utilizado. Deve-se sempre pensar que daqui a alguns anos outra pessoa pode precisar daquelas informações e você pode não estar lá para explicar. Então como se diz na auditoria, o papel tem de falar sozinho, sem que ninguém precise explicá-lo.  É como se você deixasse uma trilha para ninguém se perder na floresta. Uma trilha que voc

NOS TRILHOS DA REALIDADE

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Não é raro ouvir aqueles que possuem uma veia comercial falarem entusiasmados no faturamento que pode ser alcançado, no crescimento das vendas, nos milhares de clientes que precisam dos produtos e serviços da empresa e até no lucro que tudo isso vai dar. Toda empresa precisa disso. De pessoas que enxerguem adiante, que desejem o crescimento, que sirvam de locomotiva puxando os vagões pelo trilho do sucesso.  Mas também precisa de outras coisas e outras abordagens. Precisa de pessoas que tenham os pés no chão. De pessoas que saibam o quanto isso vai custar e qual o verdadeiro resultado financeiro dessa empreitada. De quanto vai ser preciso para financiar a viagem. Daqueles que sejam os freios que podem impedir uma descida de ladeira desastrosa, uma curva perigosa em alta velocidade, pois o trem pode descarrilhar.  O embate entre o comercial e o financeiro é mitológico na vida corporativa. Aqueles com perfil comercial costumam ser mais agradáveis, falando coisas que todos gost

FIEL DA BALANÇA

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O desequilíbrio entre gastos e recebimentos já causou muitos danos pelo mundo. Especificamente no Brasil, ele foi o responsável pela maior ameaça à economia nacional: a inflação. Para pagar os seus projetos e cobrir o déficit orçamentário simplesmente os governos emitiam mais dinheiro, fazendo com que a moeda perdesse o seu valor. Esta incontinência fiscal veio desde os primórdios da república e nos acompanha até hoje. Mas já foi bem pior. Conquistamos uma moeda estável as custas de muito sofrimento, muitos planos e ministros da fazenda, e até um confisco absurdo que usurpou 80% do dinheiro das contas correntes e aplicações, chegando a 30% do PIB da nação. Falências e suicídios foram os seus resultados porque esta violência não resolveu o problema. Como as empresas não podem emitir dinheiro, quando precisam cobrir o orçamento procuram capital de terceiros nos bancos mas esta é uma medida paliativa porque enquanto houver desequilíbrio orçamentário a doença está instalada. A