PENSANDO A ESTRATÉGIA DE INVESTIMENTO EMPRESARIAL
Uma empresa é
formada por capital de curto e longo prazos. No curto prazo, está o capital que
circula nas operações do negócio, resultado das vendas recebidas, das vendas
ainda não recebidas, nos itens que são utilizados para produzir receitas, e nas
contas ainda não quitadas mas cujos gastos já foram incorridos ou reconhecidos.
Em outras palavras ou como costumamos dizer, no caixa, bancos, contas a
receber, estoques e contas a pagar. Este é um tipo de capital volátil e muito
dinâmico. Seu nível muda a cada operação de desembolso e recebimento, cada
venda faturada, cada compra parcelada, enfim, a cada fato cotidiano da
empresa. Já no longo prazo, está um capital mais estável e perene,
normalmente composto de recebíveis com prazo mais dilatado, terrenos, prédios,
maquinas, equipamentos, móveis, participações em outras empresas, veículos,
patentes e marcas.
Portanto, existe uma perda para as empresas que operam sempre e mais no horizonte de curto prazo. Perda em termos financeiros e em termos estratégicos, pois ao privilegiar o imediato, concentrando nele suas forças e empenho, acaba negligenciando a parte do empreendimento onde conseguiria melhores taxas de retorno. Intuitivamente, podemos imaginar isso, se pensarmos em duas empresas diferentes, uma que mantém seu capital de curto prazo em níveis necessários para operar, destinando seus recursos para ativos tangíveis e permanentes, como por exemplo, novas unidades, e outra, que prioriza seus recursos no curto prazo, seja nos estoques ou contas a receber. Após 10 anos de operação, qual você acha que estará melhor?
Perceber esta diferença na natureza das aplicações de capital na empresa, é fundamental para que o empresário se desenvolva. Sempre que tiver condições, ele deve investir em ativos de longo prazo, desde que isso não prejudique o seu dia a dia, no caso, o seu capital de curto prazo ou de giro, como comumente costumamos chamar. Girar o negócio é muito bom, pois é disso que também vem o lucro, no entanto, restringir-se somente a isso, pode levá-lo a estagnar, aumentando sua vulnerabilidade diante do mercado. Viver somente no giro, pode dar tontura.
http://www.anefac.com.br/paginas.aspx?ID=756
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