QUEM MANDA NA EMPRESA




O poder é o cimento da sociedade. É ele que mantém as estruturas sociais de pé ou as desmorona. Ele é necessário e importante, mas precisa ser exercido com sabedoria. Assim como pensava o conhecido sociólogo alemão Max Weber, podemos entendê-lo como a capacidade de verter os outros a objetivos que não são os seus. O economista Jonh Kenneth Galbraith, defendia que ele se dava pela possibildade de infligir algo negativo, pela recompensa ou pela possibilidade de influenciar desejos e expectativas das pessoas, isso através da personalidade, da propriedade e da organização. Outros autores acham que a força, o carisma e a informação são as três fontes de poder na humanidade. O poder está presente nas empresas, pois elas são organismos inseridos nas sociedades humanas. Quem tem o poder é quem manda.

Nas empresas cuja a constituição se diz por cotas limitadas, as famosas Ltda, o poder é exercido pelos donos. Deles emanam as decisões estratégicas, táticas e operacionais que mantêm o funcionamento das empresas. Tanto que nesta condição, as empresas na prática espelham as características dos seus proprietários. Os administradores são meros executores daquilo que foi definido pelos sócios, pois dificilmente existe condições para que eles atuem técnicamente de forma diferente disso. No máximo, podem opinar, sugerir e colaborar para o rumo da organização, mas quase nunda podem subrepujar a figura dos donos. Com o passar do tempo, do crescimento e das exigências do mercado, o poder vai sendo distribuído e espalhado pelos cargos, mesmo assim, podemos dizer ainda que ele está concentrado. O Estado, as leis, a sociedade, a articulação dos colaboradores podem minizar esta concentração mas não conseguem eliminá-la.

Nas empresas de capital aberto, onde a figura do cotista foi substituída pelo acionista, onde existem cargos melhor definidos, conselhos deliberativos e de fiscalização, além de orgãos executivos colegiados, o poder está difuso, menos propenso a ser exercido de maneira personalizada ou mesmo pessoal, e mais inclinado ao exercício burocrático e descentralizado. A técnica e o exercício profissional, parece que encontram mais alternativas, numa forma de possibilitar o exercício do poder por estas vias. Não que não exista pessoalidade nestas estruturas, pois a liderança desequilibra a tendência, mas nas empresas maiores onde não existe a figura do dono, o poder está mais compartilhado. Este é o ambiente onde quem manda é o executivo e não o propritério, mesmo que os preceitos de governaça corporativa tentem atenuar esta verdade e que os elementos externos poderem este exercício, impedindo-o de ser absoluto.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

PROBLEMAS SISTÊMICOS PEDEM SOLUÇÕES ESTRUTURADAS

O QUE É A PATOCRACIA

QUEM CARREGA O PIANO ?