NOSSAS EMPRESAS ESTÃO EM DIFICULDADES

Nos últimos dois anos, tenho feito avaliações de empresas, planos de negócios, desenvolvido modelos de governança para empresas familiares, e planejamentos econômicos financeiros para recuperação, sustentabilidade e expansão de empreendimentos. Eu faço o que gosto porque através do meu trabalho ajudo as organizações e as pessoas a superarem os seus problemas e serem melhores, contribuindo com isso para o país também ser melhor. 

No entanto, apesar da satisfação nesta atividade, tenho que externar a minha preocupação com o que tenho constatado.Diante de uma conjuntura econômica desfavorável cujos motivos para isso nós bem sabemos, as empresas tem travado uma luta feroz pela sobrevivência. E passam por um momento que inspira muitos cuidados. Eu sei que a minha carteira de clientes, é uma minúscula amostra do imenso mercado onde estamos inseridos, todavia as informações econômicas e de outras empresas que temos visto, lido e escutado, convergem para o mesmo cenário que estou identificando na minha prática.

Tendo que lidar com uma carga tributária elevada em um sistema de arrecadação confuso e burocrático, com a elevação contínua dos custos e despesas, e a redução ou estagnação de receitas, as empresas estão diante de desafios enormes, pois além disso seus processos e suas equipes tem um longo caminho pela frente para alcançarmos uma boa produtividade. E não há tempo nem dinheiro para esperar e investir na resolução ideal destes problemas. 

Um país com empresas doentes é um país doente, pois elas são as células produtivas da sociedade, sem as quais mergulharia na pobreza extrema. E nossas empresas são bastante mal tratadas pela conjuntura. Lembra-me algumas doenças auto imunes, nas quais o organismo ataca órgãos do próprio corpo levando-lhe a uma degradação gradativa e que pode ser letal de não for revertida ou suspensa. Vivemos a mesma situação em relação às empresas, sejam elas grandes, médias ou pequenas. 

Para facilitar a superação desta fase, é preciso que as empresas compreendam que este é o momento de abandonar as práticas anteriores, proceder ajustes severos em sua operação, identificar e desenvolver novas oportunidades de negócio, além de melhorar as já existentes, sem o qual será muito mais difícil sobreviver. A crise pune a ineficiência muito mais do que a estabilidade. Neste momento, afloram com muito mais saliência os problemas que existiam de forma latente no passado. E se olharmos bem, esta é uma grande oportunidade para resolvê-los definitivamente.

Continuarei na minha missão por empresas melhores. Ela tem sido cada vez mais intensa, mais desafiadora e mais corrida, exigindo de mim cada vez menos tempo com a família, menos tempo para lazer, ocupando muitas vezes horários de almoço, noites, feriados e finais de semana. Não me esquivo se puder ajudar. E as empresas precisam cada vez mais de quem possa ajudá-las.  Faça você também a sua parte. 

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