JOGOS DE PODER

Baseado no que pensava Max Weber, Poder é a capacidade de verter os outros aos próprios objetivos ou objetivos alheios. Para se protegerem, os inseguros ou incapazes são viciados nisso. Examinando a humandade, vemos que o poder veio da força, do carisma ou da informação. O poder é necessário à sociedade porém o seu bom exercício depende muito da estrutura de caráter e dos interesses reais de quem o exerce.

 Com outra abordagem, John Kenneth Galbraith entendia que existem três tipos de poder: o condigno, alicerçado na possibilidade de infligir dor; o compensatório, que garante a submissão através da recompensa; e o condicionado, que se revela na capacidade de alterar os desejos e anseios do outro sem que lançar mão dos recursos dos outros dois. Estas três formas de poder estariam intimamente relacioandas com as três fontes do poder: a personalidade, a propriedade e a organização. O poder condigno emana sobretudo da personalidade, ao passo que o uso da compensação está subordinado à existência de uma propriedade avultada; o acesso ao condicionamento só é permitido àquele que domina uma poderosa organização.

Independente do ponto de vista, se prestarmos bem atenção podemos identificar nas empresas todas estas fontes, formas e manifestações.  O poder está no cerne do cotidiano corporativo e isso leva a existência de condutas que visam apenas mantê-lo, obtê-lo  ou demonstrá-lo, como uma espécie de jogo onde os objetivos da empresa são deixados em segundo plano. Nele prioriza-se a manutenção de posições, privilégios e interesses pessoais, muitas vezes exclusos.

Quando os jogos de poder são intensos podem prejudicar o rumo da organização, levando-a à estagnação ou mesmo ao fracasso. Os jogos de poder parecem ser mais frequentes em instituições onde a estrutura formal é pouco desenvolvida, onde há excessiva centralização ou onde a cultura fomenta estas condutas.