A ÚLTIMA DO CHACRINHA



O Velho Guerreiro, foi mesmo um case de comunicação. Sucesso no rádio e na televisão por vários anos,  além de coroar Roberto Carlos, Chacrinha cunhou frases como  "Na televisão nada se cria, tudo se copia", "Teresinha!", "Vocês querem bacalhau?", "Eu vim para confundir, não para explicar!" e a célebre "Quem não se comunica, se trumbica!". Abelardo Barbosa partiu em Junho de 1988 e mesmo nessa hora fez jus ao que dizia.

Minha mãe tem uma amiga de infância muito parecida com ela. Suas semelhanças são maiores do que  muitas irmãs de sangue e ambas gostam muito de conversar. A vida fez com que morassem em cidades diferentes fazendo do telefone a única forma de se falarem. No dia em que ele morreu, as duas conversavam dessa forma, com o habitual ímpeto de falar sem muito ouvir o que interlocutor está dizendo., intercalando vários assuntos ao mesmo tempo. Foi assim, que enveredaram no tema de falecimento. Só que uma falava do Chacrinha e outra do seu irmão que também havia partido. Alguns minutos se passaram, com as duas falando as mesmas coisas sobre assuntos diferentes. Imagino coisas do tipo "ele morreu tão cedo e de repente", "era uma pessoa muito boa', "estou tão sentida", com uma confortando a outra. A conversa começou a ficar um pouco estranha quando minha mãe disse que estava vendo na televisão uma reportagem sobre o velório e só foi finalmente esclarecida quando começou a dizer quais artistas estava vendo. Somente então perceberam qua tratavam de pessoas diferentes.


Esta história vale como exemplo para a comunicaçao corporativa e na vida em geral. Definir bem o assunto, falar e ouvir com atenção, são práticas primordiais para não acabarmos protagonizando fatos que podem ser até divertidos mas são bastante danosos no ambiente profissional.

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