SEIS MOTIVOS PARA AS INTERRUPÇÕES
Mas afinal o que está por trás de
uma empresa onde todo mundo interrompe todo mundo a toda hora? Você já viu uma
empresa assim? Pois é, elas existem. Nelas as pessoas não conseguem começar e
terminar a mesma tarefa sem ser interrompidas. Até os visitantes não conseguem
concluir o estão falando, porque outros colaboradores atravessam para tratar
dos seus assuntos. Os colegas interrompem os colegas. Ora para perguntar, tirar
dúvidas, pedir um favor, ora para tratar de outro assunto completamente
diferente do que está sendo trabalhado. Os chefes interrompem os colaboradores.
Ora para mudarem as instruções, ora para apresentarem mais tarefas para serem
concluídas. Os colaboradores interrompem os chefes. Ora para perguntar como
fazer, ora para trazer resultados que poderiam ser apresentados em outro
momento.
O resultado dessa forma de
funcionar é uma perda brutal de qualidade me todos os aspectos. As coisas
demoram para serem feitas e resolvidas, porque simplesmente as pessoas não
conseguem trabalhar. Outra consequência é a desmotivação de quem deseja uma
forma diferente de trabalhar. Como são minoria, acabam por desistir de “dar
murro em ponta de faca.” Além do mais, uma empresa assim gasta muito mais para
fazer as mesmas coisas que outras empresas gastam menos. A desorganização custa
caro.
As causas desta maneira de ser
são as verdadeiras responsáveis. Primeiro é falta de educação mesmo. Falta de
educação doméstica, afinal você deve bater na porta antes de entrar, esperar o
outro concluir para falar, pedir licença antes de interromper se o caso for
mesmo urgente. Tudo isso se aprende em casa. Segundo, é falta de respeito.
Respeito pelo ambiente de trabalho, pelo colega, pelo chefe e pela empresa. O
respeito leva você a tratar as pessoas com atenção, consideração e até uma
certa deferência. Terceiro é falta de vivência profissional em locais “civilizados”.
Quem age assim nunca trabalhou em um lugar onde as coisas possuem ordem e
tempo. Quarto, é falta de treinamento. Eles perguntam porque não sabem. E se
não sabem é porque ninguém ensinou ou definiu. Quinto, é falta de ordem. Se
alguém ensinou e eles não fazem, precisam ser repreendidos. Se não respeitam
também. Sexto, é porque não possuem a mínimo valorização pelo ser humano. Nem
por eles mesmos para aceitarem permanecer num lugar assim.
Estes seis motivos para as
interrupções quase que patológicas, na verdade apontam para culturas
organizacionais muito imaturas, que precisam experimentar uma injeção de profissionalismo
e desenvolvimento. Empresas assim carecem de melhorais nos procedimentos, nos
processos, na gestão de pessoas e na organização. E isso tem de ser feito de
uma forma geral em todos os setores, pois do contrário as iniciativas isoladas
correm o risco de sucumbir neste mar de absurdos. Seria até engraçado se não
fosse trágico.
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