FINANÇAS E FAMÍLIAS




A família é a unidade básica da sociedade e da economia. Significa dizer que é por ela que estas duas dimensões da vida humana começam. Os valores e as condutas que formatarão o indivíduo pelo resto de sua vida, começam a ser formados exatamente na família e os danos causados a ela, refletem direta e indiretamente nas esferas maiores da organização humana, da mesma maneira que um organismo vivo pode ter todo seu corpo afetado se desenvolver uma doença em suas células.

O papel das famílias é servirem de suporte para a felicidade de todos os indivíduos que dela fazem parte. Suporte material, moral e emocional. Esta felicidade de forma nenhuma está condicionada às condições materiais, porém estas condições podem influenciar diretamente no bem estar e consequentemente na felicidade das pessoas e das suas famílias.  É por isso, que as finanças são importantes na sua edificação.

Para colocar as contas em ordem, é preciso mais determinação e disciplina do que técnica. Nesse assunto, os aspectos comportamentais possuem mais influência do que saber matemática. E o objetivo disto não é só se livrar das dívidas ou poupar dinheiro. Na verdade é enriquecer. É ter uma vida financeiramente equilibrada, sem angústias financeiras, podendo promover conforto, saúde e educação para os filhos e para o casal até a idade mais avançada.

O orçamento familiar deve ser partilhado entre o casal e as despesas devem ser conversadas antes de serem feitas. Ele deve destinar recursos para os gastos comuns, para os projetos da família e para interesses individuais. Homem e mulher são parceiros nesse assunto e devem atuar de acordo com isso. Não importa quem ganha mais, não importa quem trabalha mais ou quem gasta menos. O importante é ter um orçamento da família bem balanceado e que ele seja cumprido por todos. Nele a primeira coisa a determinar é o montante que o casal vai aplicar no futuro deles mesmos, reservando uma parcela para investir em previdência ou formar reservas para imprevistos.

Já os filhos devem receber educação financeira desde cedo. Ela começa com a parcimônia dos presentes e chega até a mesada. As crianças devem aprender a lidar com dinheiro logo pois ele faz parte da vida. Devem aprender a adiar determinados gastos para não se tornarem adultos incontidos nas compras, como muitos hoje em dia. E devem também aprender o custo das coisas e a cuidar de algumas despesas, como a própria festa de aniversário por exemplo, desde que já possuam condições para isso.

A escolha entre viver amargurado por causa de dinheiro e viver uma vida estabilizada financeiramente, é sua. A inflação e os juros altos podem até atrapalhar, porém quem gasta mais do que pode é você. E toda vez que isso acontece, a sua família é que vai acabar sofrendo as consequências. Está na hora de mudar isso também.

Publicado originalmente no site da Revista Dádiva.
 

 

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