A RELEVÂNCIA DO RISCO FINANCEIRO NAS EMPRESAS
A pesquisa Excellence in
Risk Management divulgada recentemente pela Exame, confirma algumas
impressões sobre a relevância da gestão financeira para o sucesso das empresas.
Feita pela corretora Marsh, ela coletou a opinião de 1.200 executivos de vários
níveis hierárquicos que apontaram os 13 maiores riscos que as empresas terão de
enfrentar em 2013. Foram eles: 1º Interrupção dos negócios, 2º Condições econômicas,
3º Liquidez, 4º Riscos regulatórios, 5º Perda de recursos físicos, 6º sinistros,
7º Catástrofe natural, 8º Mudanças legais, 9º Disponibilidade de seguros, 10º Saúde
e segurança no trabalho, 11º Reputação da marca, 12º Gerenciamento de crise, 13º
Disponibilidade de capital.
As condições econômicas citadas em segundo lugar na pesquisa,
deixa margem para que entendamos que na verdade tratam-se de condições macro econômicas.
Neste escopo encontram-se questões como inflação, juros, política de
investimentos e gastos governamentais, consumo, câmbio, produção e várias
outras. Todas estas variáveis apesar de externas afetam diretamente as finanças
empresarias que precisam contar com decisões acertadas e políticas par ao
curto, médio e longo prazos.
O terceiro item refere-se à Liquidez que conceitualmente trata-se
da capacidade das empresas honrarem as suas obrigações. A liquidez de um
negócio reflete na verdade a gestão do seu capital de giro que por sua vez envolve
decisões relacionados com o fluxo de caixa, o crédito, cobrança e
inadimplência, as políticas de compras e de estocagem, além das contas a pagar.
E isso significa também que a liquidez está relacionada com o equilíbrio
orçamentário. Nada mais típico e relacionado com a gestão financeira do que
estes assuntos.
O quinto item pode também ser interpretado como perda de insumos e
imobilizado. Uma verdadeira praga nas empresas brasileiras. Algo relacionado
com redução de desperdícios e perdas, além da inibição de fraudes. Isso tem a
ver com a melhoria dos controles internos e procedimentos periódicos de
verificação, como por exemplo inventários. Itens relacionados habitualmente com
auditoria, uma especialidade normalmente relacionada com o setor financeiro das
empresas.
Por fim, o décimo terceiro item tem a sua descrição muito mais
clara. Por disponibilidade de capital podemos também entender acesso às linhas
de financiamento bancário ou até outras formas de financiar as operações e o
crescimento, como emissão de ações e debêntures. Não há como negar que são
assuntos relacionados com as finanças das empresas.
No conjunto dos maiores riscos a serem enfrentados pelas empresas
brasileiras este ano, 31% estão relacionados diretamente com finanças, sendo 3
entre os cinco primeiros. Ou seja, neste sub conjunto, o peso financeiro
praticamente dobra e chega aos 60%. Os riscos financeiros realmente são
consideráveis. Resta saber o que as empresas estão fazendo para lidar com estes
riscos. Se estão apenas constatando-os ou se estão tomando providencias
efetivas para minimizá-los. Neste caminho, estas providencias passam por qualificar
a área financeira com pessoas, ferramentas e procedimentos que possam
corresponder a este grande desafio. Para enfrentar esta natureza de risco, o
amadorismo não é uma boa estratégia.
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