AS TRÊS COMPETÊNCIAS DO EXECUTIVO
Um dia desses, fiquei muito feliz
quando fui abordado por um pai me pedindo para conversar com seu filho sobre a
carreira de administração. O jovem está naquela fase difícil de escolher a
profissão que vai lhe acompanhar toda a vida. Com isso vai definir a renda e o
status que ele vai ter na sociedade. Uma decisão muito séria que os jovens
precisam tomar cada vez mais cedo e cada vez mais despreparados. Eu não sei se
ele vai escolher administração ou vai escolher outra coisa. Só sei que se
depender de mim, ele deve escolher aquilo que ele seja feliz e que faça bem. Esta
é a melhor maneira de otimizar as suas chances de sucesso.
No meu entender atual, a
profissão de admistrador envolve três competências principais, que são também
áreas de estudo, de especialização, de mercado de trabalho, de habilidades
pessoais e de oportunidades. Em função de cada uma das três competências, estão
associadas uma série de capacidades e conhecimentos. Essas três competências
apesar de distintas, relacionam-se entre si, existindo áreas de interseção,
antagonismos e sinergia. O administrador deve conhecê-las e desenvolver pelo
menos uma delas. Executivos são muitos. Profssionais são aqueles que possuem
capital intelectual para exercer a profissão.
Não existe uma competência mais
importante do que a outra. Depende da circunstância em que são aplicadas. Aqui
eu vou começar pela competência em lidar com mercados. Os mercados são locais
reais ou virtuais onde as pessoas fazem trocas, utilizando moedas. Os mercados
existem para a satifação das necessidades humanas. As empresas devem ser
criadas em função dos mercados, devem atender satisfatoriamente aos seus
clientes, devem estabelecer vínculos e relacionamentos com eles, devem lidar
com concorrentes e tendências, firmar parcerias e atuar nas esferas socais,
culturais e ambientais, devem comunicar-se adequedamente com o meio exterior e
interior, devem maximizar as suas vendas. Esse é o mundo do Marketing e com ele
tudo que tem haver com a interface entre a empresa e a sociedade.
Essa interação precisa gerar
valor, caso contrário a empresa não se justifica. Na verdade nada se justifica
se não agregar valor. Valor positivo. Alguns chamam de riqueza. Esta riqueza
fomenta mais riqueza numa espiral infinita. A empresa capta recursos na sociedade,
eles são transformados em processos produtivos e são aplicados em ativos. Tudo
isso é traduzido monetáriamente. Os números são um código para traduzir o DNA
da empresa. Eles representam dinheiro, liquidez, patrimônio, estoques, rentabilidade,
taxas de crescimento ou endividamento, custos, lucro e uma série de outros
conceitos e fórmulas matemáticas. Esse é o mundo das Finanças que atua na
verdade para que as organizações sejam prósperas e perenes, fundamentado em
planejamento e controle.
Tanto a relação com o meio como a
agregação de valor, é feita através de pessoas. As pessoas é que fazem as
empresas. Elas desenvolvem as tecnologias, operam máquinas e equipamentos, supervisionam
e executam os processos, chefiam e lideram, trabalham em grupo e
individualmente, superam expectativas ou decepcionam, atendem ou expantam
clientes, enfim, o ser humano é fundamental. A forma como esse ser trabalha,
como se relaciona com os outros no trabalho, como se desenvolve e aspectos
ligados a motivação, remuneração, treinamento, equipes, entre vários outros
encontram-se no mundo do RH, ou, Recursos Humanos. Tem gente que está chamando
essa área de Gestão de Pessoas.
As três competências permeiam
áreas de conhecimento afins como Economia, Psicologia, Sociologia, Contabilidade,
Estatística, Matemática, além dos contéudos inerentes a cada competência. Não dá para
fazer um dowload e receber tudo isso numa transferência de arquivo. Por
enquanto o que você pode fazer é ler, estudar, frequentar boas aulas de bons
professores em boas instituições de ensino, trocar idéias com outros
profissionais, interagir nas redes sociais. Some a isso uma jornada de trabalho
bem extensa e movimentada, um foco contínuo em bons resultados, e a convivência constante com o risco de ser demitido. Isso vai ser necessário durante toda sua vida, se
você quiser ser um bom executivo.
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