A PERDA DO TEMPO QUE VOCÊ NÃO TEM
Quando se tem muita coisa para
fazer no trabalho, o tempo é algo muito valioso e pode se tornar curto, rápido e traiçoeiro, escapando
das suas mãos. O sinal que isso está acontecendo é chegar ao final do dia e não
ter feito tudo que era para fazer, acumulando pendências para os próximos dias,
numa bola de neve que termina quase sempre em problema. Além de falta de
planejamento, um dos maiores desafios é lidar com consumidores oportunistas, em
ocorrências inesperadas e frequentes que
ocorrem ao longo do expediente, que somadas acabam por comprometer 40% a 70% do
seu tempo útil. As vezes até mais.
Tudo começa com alguém entrando
pela porta da sua sala pedindo simpáticamente um minutinho. Você está
concentrado em outra coisa e tem de parar. Da forma que se apresentam, seria
uma grosseria recusar. Ora, um minutinho é um minutinho. Estas pessoas imaginam
que por você estar sozinho, não está fazendo nada, esperando exatamente que ela
entre. Acontece que nunca dura somente um minuto. Pode acreditar. Depois o assunto
que eles trazem quase sempre não dura um minuto para resolver. E se não precisa
resolver você não precisava ouvir. O resultado prático é que você foi
atrapalhado por essa pessoa sorridente.
Outro fato muito comum ocorre com
o pessoal do comercial das outras empresas. Eles aparecem sem agendar
previamente a visita, valendo-se do relacionamento ou da necessidade de compra
que você tem. Esperam que você os receba, e muitas vezes ficam aborrecidos e
reclamam se não conseguirem este intuito. Normalmente, os assuntos poderiam ser
tratados por e-mail ou por telefone, e eles é que foram inadequados quando não
agendaram antes a visita.
Aliás, o telefone é outro grande protagonista.
Hoje em dia, as pessoas ligam para as outras a qualquer hora de qualquer lugar,
sem nunca pensar no horário daquele que está recebendo a ligação. Desta forma,
você está numa reunião, no meio de um cálculo, atendendo outra pessoa com um
assunto complicado, e se atender tem de deixar tudo isso esperando correndo o
risco de perder o “fio da meada”. Quem usa o telefone desta maneira, está
encontrando uma maneira de entrar na sua agenda sem ser convidado. Estes são
exemplos de pessoas que não agendam antes. Mas existem outros.
Pessoas que não cumprem
compromissos são também consumidores indevidos do seu tempo. Isso porque quando
você agenda um evento ou o cumprimento de uma tarefa, você se programa que
aquilo ocorra naquele tempo. Outras coisas são programadas em função disto. No
momento em que o compromisso não é cumprido, você tem de gastar um tempo com
ações corretivas, atrapalhando todo processo. Quanto mais isso se repete, mais
tempo perdido para consertar o fluxo.
Pessoas que não são objetivas,
são outro exemplo. Para chegar no objetivo, dão voltas e voltas, explicam o que
você não pede, contam o que não importa, e acabam gastando muito mais tempo do
que precisariam. Existem também aqueles que anunciam o próprio assunto como
urgência, porém o que desejam é entrar de qualquer maneira na sua rotina com o
assunto que poderia ser tratado outra hora.
Na verdade, estes consumidores
indesejados são pessoas desorganizadas, que não se planejam, despreparadas para
a vida profissional, que não pensam no outro e somente enxergam as próprias
necessidades. A hora deles é que importa, não a sua. Conviver com isso é um
exercício de paciência, educação e persistência. E quando quer consertar, quase
sempre você sai de chato, quando o que deseja é produtividade.
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