AFINAL, QUAL É O SEGREDO ?
A gestão do capital de giro não é
fácil. Manter os recursos em estoques possui um custo. Você pode chegar nele
respondendo quanto ganharia se aplicasse no mercado financeiro a mesma quantia.
Outra maneira é saber quanto está perdendo de vender e lucrar com o estoque
parado. Os estoques somente devem existir para serem transformados em vendas,
que quando efetuadas geram a lucratividade, que por sua vez deve ser maior que
a renda do investimento no mercado financeiro, se não é melhor deixar o
dinheiro lá em vez de empreender. Por isso, a gestão de materiais é importante
em um negócio. Para que os estoques sejam otimizados, as compras devem ser
feitas no tempo certo, quantidade e preços adequados. A armazenagem por sua vez
deve evitar perdas. O tempo de estocagem e o volume são relevantes nessa gestão
que realmente merece atenção frequente.
Vejamos o contas a receber. Na
verdade, trata-se de um financiamento que a empresa faz aos seus clientes,
adiando o recebimento para fomentar as vendas. Ora, o dinheiro que está no
contas a receber falta no caixa ou nos estoques. A política de crédito e
cobrança têm papel vital neste caso porque não adianta vender sem receber. Isso
também tem um custo que pode ser estimado da mesma forma dos estoques, ou seja,
pelo custo de oportunidade de investir no mercado financeiro o mesmo capital ou
pelo custo de não transformar em lucro.
Logicamente podemos calcular usando uma taxa de juros em vigor, que é
outro critério producente.
As disponibilidades existentes
nas aplicações de curto prazo, bancos e caixas, a primeira vista são o local
mais desejável para se ter capital, porém não é tão simples assim. No caixa e
nos bancos o dinheiro nada rede, por isso, ele deve existir em volume
suficiente para honrar obrigações e só. Qualquer coisa acima disso, é perder
rendimento. Nas aplicações, o dinheiro tem uma certa remuneração porém é de se
imaginar que a empresa ganhe mais em suas operações do que com aplicações financeiras.
Então note que o melhor mesmo é identificar o nivel de capital necessário e
suficiente em cada conta desta, e evitar que esse teto seja ultrapassado.
Por fim, ainda temos os contas a
pagar, que também integra o capital circulante da empresa, conhecido comumente
como capital de giro. Aqui acontece o inverso do que acontece no contas a
receber, pois ao adiar o pagamento de uma compra, na verdade os fornecedores
estão financiando a empresa. Quanto maior o contas a pagar, maior esse
financiamento, maior o endividamento e maior o risco. Logicamente, isso também
possui um custo. Para inibir esta forma de capitar recursos é que existem os
encargos de mora. Bem, onde está então o
segredo disso tudo ? Resposta: No equilíbrio.
Comentários
Postar um comentário