6 ENSINAMENTOS SOBRE CONTROLE QUE VOCÊ NÃO ENCONTRA NOS LIVROS

Eu escuto muita gente falar em controle no universo corporativo. É controle para lá, controle para cá, tudo precisa de controle, mas as vezes percebo que as pessoas não sabem muito bem usar esta ferramenta. Ela possui algumas peculiaridades que não são ditas nos livros nem nas aulas ou palestras. A gente aprende na prática mesmo. Veja então este seis ensinamentos e aproveite. 

1. Controle vem antes de planejamento. Sim é verdade. Quem não controla primeiro não tem condições de fazer um bom planejamento. Para planejar é preciso ter informações consistentes, do contrário você estará fazendo apenas um exercício de sonho. E para ter informações consistentes é preciso controlar.

2. Controle deve ser múltiplo. No mínimo duplo. Um controle que é verificado por uma só pessoa não é controle. É verificação. No controle ideal deve haver verificação sim, mas deve haver conferência por outra pessoa, análise dos por outra pessoa. E elas não podem ser interligadas. Devem ser independentes.

3. Controle requer padrão. Isso mesmo. Então toda vez que você provocou a mudança você terá que modificar também seus instrumentos de controle. E se as mudanças ocorrem a cada cinco minutos, você terá maior dificuldade de controlar, estabelecer padrões comparativos, e avaliar resultados. 

4. Controle requer rotina. Esta é boa. Se você controla uma vez, e não repetir isso mais nunca, não está controlando coisa nenhuma. Está apenas se enganado. Para controlar você precisa repetir a tarefa várias vezes ao longo de muito tempo.

5. A percepção do controle tem efeitos benéficos, mesmo que o controle em si não esteja sendo realizado. Se você não tem tempo de conferir o caixa todos os dias, mesmo assim pegue o para conferência e não diga isto para ninguém. Quem faz o caixa precisa saber que está sendo verificado, e isto ajuda no processo de controle, mesmo que na prática não exista uma conferência de saldo sequer. Mas tome cuidado, enrolação não é controle. As pessoas percebem rapidamente, e o resultado pode ser ainda pior. Funciona no curto prazo somente. 

6. Controle só com números. Se não existem números não existe controle. As palavras são mais subjetivas, facilmente adaptadas e se prestam a menos a objetividade. Os números por sua vez, são mais diretos, são exatos e são mais facilmente guardado na memória. Por isso são melhores referenciais de controle. Você quer perceber rapidamente se uma empresa tem os controles? Observe uma reunião gerencial. Se somente existe conversa e conversa, palavras e palavras, muito provavelmente ela não possui bons controles. 

7. Sem controle não há gestão. Sim, sem dúvidas. Se você não controla você não tem como estabelecer decisões fundamentadas em números e resultados, estará tomando decisões somente com base naquilo que você quer, naquilo que você acha e na sua intuição. Quando você acerta tudo bem, mas quando você erra o custo pode ser bastante alto. Gerir não é a gente na tentativa e erro. Quando você controla, este tipo de prática vai perdendo a importância.

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