PENSAR FINANÇAS ANTES DE USAR FINANÇAS
O que é preciso para ser um bom gestor financeiro de empresas? Usar uma HP 12c? Ter proficiência no Excel e sistemas ERP? Fazer conta de cabeça? Saber a tabuada? Saber matemática financeira ? Entender de contabilidade e e economia? Informar-se diariamente dos indicadores de juros? Ler os jornais e revistas especializadas? Montar bons relatórios? Ser disciplinado, exigente e determinado?
O universo financeiro é fascinante porém muito mal compreendido. Até os dias de hoje, ouço pessoas bem instruídas falarem de juros compostos sem a devida compreensão do mecanismo. Professores consomem suas aulas, demonstrando fórmulas e ferramentas matemáticas, dificultando a afinidade dos alunos com a essência da matéria. Isto porque, antes de usar as ferramentas financeiras, as pessoas precisam entender como é o pensamento financeiro. Antes de usar finanças e se beneficiarem com os seus frutos, precisam pensar finanças.
Por isso, talvez o ensino de finanças precise mudar um pouco o seu enfoque. Os números são importantes mas representam conceitos antes deles. Mais que isso, representam condutas e decisões. Para processá-los com exatidão já possuímos ferramentas que fazem melhor que os seres humanos. No entanto, para interpretá-los e decidir corretamente é preciso alguém que os compreenda.
Na verdade, acredito que se uma pessoa aprende a pensar financeiramente o mundo, usará as ferramentas muito mais facilmente, de maneira intuitiva. Se alguém entende como as coisas funcionam, pode ter melhor desempenho nela. Antes, algo restrito aos eruditos, finanças hoje é uma necessidade cotidiana, que pode trazer enormes benefícios. Por isso, se tivemos a oportunidade de conhecê-las, estudá-las, aprendê-las, usá-las, nosso papel é descomplicá-la, facilitando para que a maior quantidade possível de pessoas possa ter acesso a este saber. Certamente, elas serão mais prósperas e por conseguinte, as organizações e a sociedade em geral. Todos saem ganhando.
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