CONVERSAS PRODUTIVAS
Conversar com gente inteligente é
realmente uma oportunidade de ouro na vida. Estamos tão cercados de banalidades
por todos os lados que quando um fato desses ocorre, fazem a diferença. Ontem
tive a oportunidade de me reunir com pessoas com este perfil. Fomos tratar de
negócios mas acabamos discorrendo sobre outros assuntos relacionados e foi
nesta conversa que nasceu a maior parte do conteúdo desse post.
A nossa cultura organizacional
determina os resultados de nossas empresas. Elas estão impregnadas de
desperdícios, perdas e até de evasões. Tudo isso somado em cada canto do país,
com raras e valiosas exceções logicamente, decorre no subdesenvolvimento, na
falta de qualidade e produtividade que nos acomete. As empresas são feitas de
pessoas sobretudo, e os alguns brasileiros que fazem as empresas daqui, possuem
uma certa dificuldade de seguir os processos. Os processos são protocolos de
condutas ou poderíamos chamar de normas. E todo brasileiro é estimulado a não
cumprir as normas completamente. As normas são burras, erradas, ineficazes. Ele
é que está certo e o mundo está errado!
Alguns brasileiros adoram mesmo é
fazer uso do famoso jeitinho que na verdade é um by-pass, gerando assimetria no
sistema. Trata-se de uma solução vinda do imediatismo e da rede de favores. Só
atende aos interesses dele e não da sociedade. No fundo, a dificuldade deles em
cumprir normas e processos, vem da falta de humildade em apreender, em admitir que
precisa aprender, ou mesmo da incapacidade de compreendê-los. Ou seja, são é
esperteza nem sabedoria. É limitação mesmo. A malandragem e a simpatia são apenas
um jogo de cena.
Acontece que não fazer direito,
dar jeitinhos e fazer gambiarras, tem um alto custo. Um custo que vem do
retrabalho, da repetição de ações, da desorganização, da perda de tempo, do
atraso, do desencontro e incorreção de informações. Sem este custo, os resultados
seriam bem melhores. Como os números financeiros são reflexos das decisões que
são tomadas na empresa, e estas decisões são tomadas por pessoas, não há como
melhorá-los de maneira sustentada sem melhorar a cultura, os processos e as pessoas
que a fazem. No fim, tudo está relacionado. É preciso ter uma abordagem um
tanto quanto holística.
Parabéns, Tibério, em abordar de forma corajosa, clara e direta um tema, recorrente em nossas vidas.
ResponderExcluirMuitos apostam no quanto pior melhor, pois a mediocridade, dele, fica ocultada no caos generalizado.
Precisamos continuar a combater este mal e só vamos obter bons resultados com perseverança.
Sucesso
Mônica Suruagy