A SÍNDROME DO FARAÓ


As empresas são instituições feitas para durar mais que a vida das pessoas que foram os seus fundadores. Por isso a conduta da gestão deve ser o fortalecimento dos setores, dos processos, da instituição, e não das personalidades que dela fazem parte, mesmo que as pessoas sejam os donos.

Toda vez que uma organização trilhar o caminho do culto ao ego dos seus líderes, está construindo para si um futuro repleto de dificuldades maiores do que o mercado irá oferecer. Isso porque, apesar de algumas pessoas viverem como se nunca fossem morrer, elas certamente são finitas e morrem, deixando as empresas em dificuldades. Esse fenômeno independente da escala, pode ocorrer por exemplo em países inteiros como é o caso da Venezuela e Cuba. Além disso, as pessoas são passíveis de influências emocionais, dos seus sentimentos e idéias, das suas mudanças e habilidades de lidar com situações adversas. Uma empresa não deveria ficar a mercê disto. Tão pouco uma nação.

Por mais que pensemos que somos indispensáveis não somos. Sejamos colaboradores ou patrões. Então deve haver descentralização e delegação verdadeira de poderes e responsabilidades, afim de que a organização se consolide. Assim como as instituições de uma nação é que devem ser fortalecidas. São condutas cujos frutos são colhidos a médio e longo prazos, tempo onde habita a visão dos verdadeiros líderes.

Alguns se comportam como se tivessem acometidos pelo que chamo de a “Síndrome do Faraó”. Eles acreditavam que teriam uma outra vida após a morte e para lá levariam sua riqueza. Por isso construíram túmulos enormes, às custas do sofrimento alheio. É verdade que estas edificações permaneceram muito além de suas vidas resistindo as intempéries do tempo, mas também é verdade que foram roubadas e saqueadas. E que as sociedades que eles geriram, que eram a sua verdadeira obra, não existem mais. 

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