A LÓGICA FINANCEIRA DO CRESCIMENTO
Todo
mundo quer crescer. Isso é um fato lógico. Mas querer não é suficiente. Nem ter
boas estratégias e idéias sensacionais. Tudo isso é muito importante mas para
transformar sonho em realidade é preciso capital. Se não as coisas ficam fora
da realidade. Não adianta inovação sem dinheiro, não adianta criatividade sem
recurso financeiro. Essa é a diferença entre um empreendimento e uma lorota. Seja
numa multinacional ou numa bodega de esquina, a lógica financeira para o
crescimento empresarial é a mesma.
O
dinheiro está fora da empresa, mais precisamente no mercado nas mãos do
cliente. Para obtê-lo, ela tem de aplicar recursos em ativos, incorrer em
custos e despesas, e através da venda, efetuar a captação. Normalmente as
coisas ocorrem nessa ordem. A contraposição das receitas com os gastos, gera o
lucro que pode ser visto como o retorno do investimento realizado por quem
iniciou a empresa, por quem investiu.
O
lucro pode ser retirado e pode ser reinvestido no negócio, e esse
reinvestimento feito da maneira adequada fomenta o crescimento da empresa.
Quanto maior for, maior será a consequência, no entanto ele está limitado ao
tamanho do reinvestimento, que decorre do lucro, que existe em função do volume
de vendas e dos gastos. Para crescer mais do que isso, é preciso injetar
capital da empresa e ele pode vir dos donos ou dos bancos. Normalmente vem dos
bancos. Esse capital tem um custo que deve ser menor do que a taxa de retorno
que a empresa consegue sobre seus ativos se não é um mau negócio, e como todo
investimento, tem um tempo e condições para que isso aconteça. Os bancos
emprestam dinheiro em função da capacidade e potencial de pagamento, ou seja,
de lucrar.
Ou
seja, não existe mágica. Para crescer mais do que a sua base financeira é
preciso dinheiro novo e ele está condicionado à sua eficiência. Primeiro é
preciso aplicar para ter retorno. E para aplicar é preciso ter capital. E para
ter capital é preciso ser eficiente nas operações para gerar lucro ou pedir
emprestado se quiser crescer mais do que os recursos atuais possibilitam. Toda
vez que uma empresa quiser crescer ela precisa de dinheiro novo e termina
endividando. Precisa endividar certo e no limite. Se tentar crescer mais do que
pode, vai quebrar. É uma questão de tempo. Ninguém pode dar um passo maior que
as pernas. Isso é lógico. Crescer é mais complexo do que começar. É por isso que muitas empresas ficam pelo caminho, jogando fora um bom futuro que teriam pela frente.
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