O PROTOCOLO DA CRISE
As providências diante do quadro
de dificuldade financeira nas empresas, parece que se assemelham independente do ramo
de atividade e do tamanho. Na busca do equilíbrio orçamentário e da recuperação
da lucratividade, elas parecem cumprir um protocolo determinado e bastante
parecido. Na tentativa de equalizar o fluxo de dinheiro, corte de gastos e
redução de ativos menos rentáveis, sempre fazem parte desse procedimento, seguido
de maneira nada passional.
Não fosse assim, o Citigroup não
teria anunciado 11.000 demissões e o fechamento de 84 agencias pelo mundo,
sendo 14 no Brasil. A Kodak não teria colocado a venda o negócio de câmeras
fotográficas que foi seu carro chefe durante décadas, nem tão pouco a Phillips
que além das demissões, não desistiria do ramo de TV´s. A Ford por sua vez não fecharia fábricas na Bélgica e no Reino Unido gerando 5.700 demissões aproximadamente nem a Osram pretenderia cortar 12% da sua força de trabalho. Não há dúvidas quanto ao
padrão de conduta diante da crise.
A questão é saber quais medidas
poderiam ser tomadas antes destas mais drásticas. Porque certamente existem. Se
estas medidas foram identificadas e simplesmente não foram executadas por
negligência da direção das empresas, ou se nem sequer foram identificadas, o
que é muito pior. O mercado define se as empresas estarão em dificuldades ou
não, porém dificilmente as coisas ocorrem sem que existam sinais anteriores. E
para eles os diretores devem estar atentos. Todavia, as crises financeiras nas
empresas parecem se instalar muito mais pela demora de reação dos seus
dirigentes do que pela surpresa. E esta demora acaba por obrigar às soluções
mais incisivas.
Então quando você vê uma medida mais intensa na busca pela recuperação financeira, é porque medidas anteriores menos danosas deixaram de ser tomadas.
Então quando você vê uma medida mais intensa na busca pela recuperação financeira, é porque medidas anteriores menos danosas deixaram de ser tomadas.
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