REVELANDO A DEPRECIAÇÃO
Intuitivamente a maioria das
pessoas sabe o que é depreciação. Imaginam que é algo que desgasta. Se eu
deprecio uma pessoa estou desgastando-a. Se eu deprecio um bem, estou fazendo a
mesma coisa. Faz sentido, mas no universo empresarial isso não é tudo. Existem mais
coisas sobre a depreciação do que possa imaginar nossa vã filosofia, como sabiamente diria Willian Shakespeare.
A depreciação é uma despesa não
desembolsável. Isso signifca que ela não está ligada diretamente ao produto nem
se incorpora no seu custo. Também significa que ela não gera pagamentos, isto
é, ela não afeta o caixa. Em outras palavras, a depreciação é do universo
economico das empresas e não do financeiro. De fato, a depreciação representa o
retorno que o bem está pagando a empresa pelo investimento feito nele. Fiscalmente,
existem regras para a depreciação, porém as empresas para fins gerenciais,
podem estabelecer critérios diferentes para ela, desde que façam os ajustes
necessários na hora da declaração, logicamente.
A depreciação reduz o lucro líquido,
e pode com isso reduzir o pagamento de imposto de renda para as empresas que
adotam a tributação pelo lucro real. Ela é afetada diretamente pelo volume de
imobilizado devidamente registrado que possuem no balanço. Logo, aquirir bens
com valores sub faturados, por exemplo, pode reduzir o valor do imobilizado,
com isso a depreciação, aumentando o lucro e o imposto a pagar. O melhor
caminho é ter um imobilizado adequadamente valorado e registrado, afim de que
não existam distorções neste sentido.
A depreciação é portanto uma
importante variável a ser gerenciada pelo gestor financeiro das empresas, e não
deve ser lançada exclusivamente na pauta da contabilidade como se fosse algo de
podre no reino da Dinamarca.
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