QUANTO VOCÊ CONSEGUE POUPAR ?
Alguns especialistas em finanças
pessoais chegam a falar em geração perdida, referindo-se as pessoas que
conviveram boa parte de suas vidas no Brasil numa economia onde a inflação
incontida, corrompia vorazmente o valor da moeda e retirava a visão econômica de
longo prazo. Além de criar uma certa aversão e distanciamento das instituições
financeiras, estas pessoas chegaram à maturidade sem reservas formadas durante
o período da juventude, porque nesta época, o dinheiro brasileiro tinha um
valor diferente de hoje.
Estes mesmos especialistas
recomendam poupar de 10% a 20% da renda mensal, afim e construir poupança para
fazer frente aos imprevistos, investimentos e até mesmo, para aposentadoria
seja ela complementar ou integral. Um dia todos nós vamos precisar disso. A
capacidade de poupar de uma pessoa, de uma empresa ou de um País, está
diretamente ligada a maturidade financeira que eles possuem, afeta diretamente
o potencial de investimento e está também diretamente ligada ao equilíbrio
orçamentário que possui.
A grosso modo, se alguém
começasse a trabalhar com 18 anos, mantivesse uma renda líquida mensal de R$ 1.200,00
e conseguisse poupar mensalmente R$ 180,00 desta quantia, numa aplicação que
remunerasse a 0,6% ao mês, quando tivesse com 65 anos, teria um montante de R$
845.754,51. Isso seria suficiente para mantê-lo sem trabalhar até os 95 anos,
com uma renda duas vezes maior. Quanto menor a renda, maior deve ser o prazo,
considerando que a taxa não tem como variar substancialmente.
Reside exatamente aí um paradoxo,
pois as pessoas com rendas menores, possuem maiores necessidades de consumo e
por isso, sofrem maior pressão para não poupar. Além do que não são educadas
para isso. Para este patamar de renda, e para qualquer outro, o ato de poupar
requer disciplina e determinação, além de planejamento e controle, sem os quais
não será possível alcançar este objetivo de longo prazo.
Poupar requer sacrificio de um
gasto que você deseja fazer no tempo presente, em função de um benefício
futuro. Quando não se enxerga o futuro, isso fica difícil de ser feito. Trata-se
na verdade de um ato de inteligência financeira que indica a sua habilidade em
lidar consigo, com os outros, com os objetos a sua volta, com os apelos do
comércio e da indústria, e principalmente, com o seu dinheiro e a sua vida.
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