CRÍTICA AO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

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Li um texto bem interessante de Henry Mintzberg sobre planejamento estratégico. Esta ferramenta começou em 1960 como a "única melhor maneira" de formular e implementar estratégias para a competitividade, no entanto, o autor alega que não foi bem assim que as coisas se deram na prática. Planejamento estratégico é diferente de pensamento estratégico e as melhores estratégias vêem de visões e não de planos. O que se praticou foi  programação estratégica pois o pensamento estratégico está relacionado com síntese, intuição e criatividade, e muitas vezes precisam de liberdade. Não cabem numa metodologia que muitas vezes o impediu. Ele até cita George Steiner que acha que uma organização com líderes intuitivos não precisa de um processo formal de planejamento estratégico !

O planejamento estratégico como conhecemos estaria fundamentado em três falácias. A primeira é a previsibilidade e imutabilidade do mundo exterior, enquanto ele é feito e executado. Isso obviamente não procede. A outra tem haver com a imparcialidade das formulações, ou seja, separar a concepção da estratégia da operação. Isso seria um equívoco que pode levar a muitas restrições. E a terceira, está relacionada com a formalização no sentido de que ela jamais vai possibilitar a inovação de maneira ideal. Na verdade, ela seria um fator limitador. 

Mas Henry vê também alguns "pontos fortes" seguindo a forma estruturada de pensar que ele mesmo critica. Os planos  escritos com cronogramas e orçamentos servem para comunicar intenções e reunir as pessoas em torno deles, bem como, conseguir apoio de financiadores, fornecedores e orgãos do governo. Os planejadores podem atuar como descobridores de estratégias e analistas daquelas que são desenvolvidas na linha de frente. Podem ser catalisadores para que os executivos pensem e preparem-se para o futuro. Então, nem tudo está perdido.

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