VENÇA O ENCANTO DO DINHEIRO


 
Sim, o dinheiro encanta e muitas vezes engana. Não é raro constatar casos de pessoas que conseguiram conquistar uma boa quantidade de dinheiro com atividades empresariais e terminaram enfrentando dificuldades por isso. O dinheiro é apenas um meio de troca. Uma simbologia que criamos para facilitar as transações e demonstrar o valor das coisas. Mesmo assim, ele pode exercer um poder muito forte sobre algumas pessoas e prejudicar em vez de ajudar. Você pode perceber isso, quando o dinheiro aparece no saldo bancário.
 
Por isso vamos falar um pouco de dois antídotos para vencer o encanto do dinheiro. Duas práticas que se realizadas podem ser eficazes nesta tarefa.
 
a) Visão de Longo Prazo: Sempre concentre-se no longo prazo. Evite o curto e o curtíssimo prazos. Quem vive nele, normalmente tende a gastar mais do que produzir. Tende a  ter as contas desequilibradas e apresentar dificuldades. Pensar o amanhã é uma forma de ponderar o hoje. Pense em que empresa você quer ter daqui a 10 ou 20 anos. E foque nisso o tempo inteiro. Evite perder-se nos descaminhos do dia a dia.
 
b) Planejamento e Controle: Adotando a visão de longo prazo, planeje os dias, semanas e meses. Estime quanto vai receber e preveja quanto vai gastar. Todo recebimento deve ser estimado de maneira conservadora, ou seja, na dúvida para menor. Quando for estimado, todo desembolso deve ser considerado para maior. Além disto, controle o que foi planejado. Acompanhe a realização do seu orçamento. Coloque tudo isso no papel, numa planilha ou em um sistema. Quando conseguimos ver, o nosso cérebro consegue objetivar melhor as alternativas. Não sinta e sofra com o prejuízo. Encontre alternativas para eliminar as suas causas. Também não sinta a abundância de recursos e fique se regozijando por ele. Encontre maneiras e estratégias para manter e aumentar. Tudo isso se faz com planejamento e controle. Definir onde quer chegar e saber se está chegando, é o segredo do negócio.
 
Por fim, é importante também identificar a toda hora dois tipos de dispêndios que podem significar a diferença entre a ruína e a prosperidade. Eles se apresentam constantemente diante de quem tem dinheiro, e costumam também confundir as pessoas menos avisadas sobre o assunto.
 
1) Gasto: É o dispêndio financeiro que não lhe traz retorno. O dinheiro simplesmente é consumido sem que exista um reembolso. Os gastos podem ser custos ou despesas. Podem ser grandes ou pequenos em termos de numerário, mas possuem a mesma natureza. Eles subtraem o seu patrimônio e o do seu empreendimento.
 
2) Investimento: É o dispêndio financeiro que lhe traz um retorno, no mínimo igual ao que você alocou. O ideal logicamente é que seja maior e quanto maior melhor, e consequentemente, mais arriscado. Os investimentos possuem prazos de retorno e condições para isso. Normalmente, queremos também pouco ou nenhum risco.
 
Muitas vezes, a natureza do dispêndio para o gasto ou para o investimento, depende da forma com que você lida com eles. Um salário pode ser um simples gasto se ele for pago para alguém que não produz adequadamente, todavia pode ser um investimento se for pago para alguém que retorna isso com uma produção adequada.
 
Entre gastar e investir, prefira sempre investir. Quanto maior for a proporção de investimentos no seu total de dispêndios, maior será o seu retorno, considerando o tempo para isso e o risco. Identifique nos seus dispêndios o que é gasto e o que é investimento. Se você só faz gastar, está reduzindo as chances de melhorar no futuro. Se você investe, está aumentando as chances de ter um futuro melhor. Toda vez que o dinheiro estiver saindo, pergunte-se que natureza esta saída tem. Se é um gasto ou é um investimento e com isso você estará treinando sua mente para lidar com esta dinâmica.
 
Sim, o dinheiro pode enganar ou encantar. Por isso, vença este encanto e também o preconceito que colocaram em você acerca dele, e aprenda as suas peculiaridades. Quanto mais cedo e melhor você fizer isso, mais longe poderá ir.
 
 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

PROBLEMAS SISTÊMICOS PEDEM SOLUÇÕES ESTRUTURADAS

O QUE É A PATOCRACIA

QUEM CARREGA O PIANO ?