EMPRESAS RÁPIDAS LUCRAM MAIS



O lucro é uma consequência formada pela margem multiplicada pelo giro. Tanto um carrinho de cachorro quente como uma industria moderna formam o lucro da mesma maneira. A margem é o que resta da receita após deduzidos custos e despesas. E o giro significa quantas vezes esta margem se repete ao longo de um determinado período de tempo. Com esta abordagem, podemos entender porque empresas rápidas tendem a ser mais lucrativas do que empresas lentas, pois as primeiras possuem mais giro. Desta feita, quanto mais vendas forem feitas, quanto mais seus estoquem forem renovados, quanto mais seus ativos girarem, mais lucro ela formará. 

No mercado de hoje, a rapidez é fundamental para o sucesso empresarial, afinal vivemos em uma época em que um simples toque pode abrir uma janela para o mundo. As pessoas vivem atualmente no curto prazo, com tudo para ontem, como se estivessem sempre a beira da data do vencimento, circunstância na qual a velocidade das empresas torna-se fundamental para o seu sucesso. A rapidez de uma empresa está relacionada diretamente com os seus processos. Na condição de sequencia de tarefas necessárias para as entregas que a empresa tem de fazer, eles são fluxos invisíveis que correm dentro do negócio. Podemos ver as salas, os setores e as mesas, mas não vemos os processos. Isso dificulta a sua gestão e aperfeiçoamento, mas podemos contar com os indicadores para monitorá-los. Funciona mais ou menos como um acelerador de partículas sub atômicas, onde não podemos enxergá-las mas podemos identificar os seus efeitos. Quando estão mal definidos, os processos atrasam a empresa pois existe retrabalho. Quando estão bem definidos, os processos fazem com que a empresa seja mais rápida e eficiente. 

Os níveis hierárquicos e a estrutura organizacional, também podem acelerar ou retardar uma empresa. Quanto maiores forem, quanto mais complexos, a empresa perderá em velocidade. Se a estrutura estiver mal definida, com excesso de centralização, a rapidez diminui e o trabalho tende a se acumular em nível de espera. Por isso, estruturas enxutas lucram mais por serem mais rápidas, além de serem mais baratas. A decisão cumpre papel fundamental no giro do negócio. Empresas que não decidem, não avançam. Empresas que decidem mal, perdem dinheiro. Por isso, elas precisam ser o mais modeladas possível, para que o decisor perca menos tempo. Para ter mais, probabilidade de acerto, o decisor precisa dispor de informações consistentes. Decisões modeladas assemelham-se a mapas que indicam por onde seguir, ou os manuais de contingência nas aeronaves. 

As pessoas também impactam  na velocidade de funcionamento de um negócio. Se estão bem treinadas, motivadas e com condições de trabalho suficientes, facilitam o andamento dos processos e se não estão, atrapalham. Porém, é preciso ponderar que rapidez é diferente de precipitação. Não estamos falando de fazer as coisas açodadamente, mas sim em fazê-las de maneira eficiente, no menor tempo possível, sem comprometer a qualidade. A falta de qualidade gera retrabalho, perda de vendas e prejuízo. Aumentar o giro, não implica em acelerar ao ponto de perder o controle na curva e derrapar. Se você paga uma obrigação antes do vencimento sem obter com isso um desconto que justifique você alocar o seu dinheiro nesta operação e não em outra, está se precipitando. Se paga depois do vencimento, estará sendo lento e gastando mais por isso. Se paga no vencimento, está sendo eficiente. 

A grande maioria dos empreendimentos, ganham dinheiro na margem mas perdem no giro. Fazem as contas para lucrar de maneira estática, se esquecendo que o negócio é algo dinâmico, e por isso mesmo, fascinante. Não tenha dúvida. Empresas lentas lucram menos. Empresas rápidas, lucram mais. 

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