UM PASSO ADIANTE NA TRANSPARÊNCIA
A Transparência é muito mais do
que uma palavra bonita para se colocar nas declarações estratégicas das
organizações. Ela é uma prática indicadora de qualidade gerencial muito
necessária para que estas organizações alcancem bons patamares de resultados.
Quem tem Transparência tem credibilidade, e quem tem credibilidade tem o
cimento para reunir equipes em torno dos objetivos. Ela é um dos fundamentos da
boa Governança Corporativa, adequada às instituições que desejam se diferenciar
em um ambiente cada vez mais exigente. Ela cai bem em todo tipo de organização
privada ou pública, sejam elas cooperativas, associações, fundações, órgãos do
executivo, legislativo e judiciário, a até partidos políticos. Falar de
Transparência é até fácil. Difícil mesmo é torna-la uma realidade.
A prestação de contas regular, precisa
e clara, é um dos elementos fundamentais da Transparência. Prestação de contas
do aspecto financeiro e dos atos realizados pela administração, com certeza. Isso
pode ser traduzido na prática como apresentação de relatórios que demonstrem de
onde vem a para onde vai o dinheiro movimentado pela instituição, e também por
quadros que mostrem as ações realizadas em relação às estratégias adotadas.
Você não precisa no entanto informar
a Deus e ao mundo estes conteúdos. Existem públicos alvos específicos para
serem contemplados tais como sócios, investidores, parceiros, fornecedores, financiadores.
Você pode também informar os colaboradores e o público em geral, mas precisa
saber que ao disseminar informações você também gera repercussões e deve estar
preparado para isso. Mas este é assunto para outra conversa, pois implica em
filtragem, mineração e seleção de informações para direcionamento aos públicos
específicos. De uma maneira geral, procure direcionar para cada público a sua
informação correspondente.
O processo decisório também deve
ser alvo de Transparência, e não somente a movimentação financeira ou os atos já
realizados pela administração. Por exemplo, a entrada ou a saída de alguém que
ocupe uma função na linha de comando, precisa ser esclarecida, anunciada e
informada para os envolvidos. O ideal é que isso seja feito antes de ocorrer,
dando margem para dúvidas e sugestões, pois muitas correções podem ser feitas coletando
estas contribuições. Avisar os fatos de surpresa, denota desrespeito e
desconsideração.
Outro foco de Transparência são
os critérios que nortearão a decisão, mesmo que isso seja alvo de comentários e
críticas. Quem decide tem de estar aberto não somente para as palmas e os tapinhas
nas costas. Na verdade, tem de saber melhorar e aprender com as opiniões contrárias.
A Transparência é na verdade um
valor organizacional a ser colocado não só em um quadro na parede. Os valores
precisam ser vividos, pois do contrário perdem a sua força e acabam gerando o
efeito inverso. Precisam ser traduzidos em ações práticas que acabam fazendo
mais a instituição do que as suas boas intenções. Pois se for para enfeitar
simplesmente, melhor decorar com bolas coloridas a sua árvore de Natal.
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