HONRE SEUS COMPROMISSOS

 
 
Por motivos profissionais, tenho acompanhado vários processos de recuperação financeira de empresas. São situações complexas nas quais estas instituições possuem viabilidade econômica mas por decisões mal tomadas e desorganização, enfrentam dificuldades para cumprir suas obrigações. Atuando sempre no curto prazo, a grande maioria obtém credito bancário com facilidade antes de entrarem em crise, e assistem suas condições se deteriorarem gradativamente, aumentando seu nível de endividamento acima do que poderiam suportar. Se as medidas certas não forem tomadas, a empresa pode mergulhar em um caminho sem volta rumo à falência.

Neste contexto, muitos pontos devem ser observados, tais como a exatidão de informações, a melhoria nos controles internos, a estruturação do fluxo de caixa, a mobilização para gerar receitas, a contensão de gastos, entre muitos outros. Porém, como a crise financeira empresarial causa um enorme desgaste de credibilidade, gostaria de destacar um ponto fundamental neste processo: A necessidade imperiosa de honrar os compromissos assumidos. Em seu caminho de recuperação, é essencial que a empresa cumpra aquilo que pactuou com seus credores sob pena de agravar ainda mais sua situação.

A credibilidade é um requisito primeiro para qualquer organização que pretende reerguer-se diante do mercado.     Ela está baseada na reputação que por sua vez é formada pelas várias condutas que a empresa toma em relação às situações, sejam elas adversas ou não. Ao honrar seus compromissos financeiros, a empresa demonstra seriedade com suas obrigações e consistência na forma de se conduzir diante do problema. Mas, para honrar os compromissos é preciso antes de mais nada somente assumi-los se tiver condições para tal. Esta é uma prática que demonstra integridade. E para que isso aconteça, é preciso saber a real capacidade gerar caixa da empresa.

Os credores comerciais e bancários, desejam receber suas dívidas. Eles não querem promessas. É possível negociar com eles, alongar prazos, parcelar montantes, obter a compreensão e até o respeito dos mesmos. O que não é possível é postergar a quitação do débito eternamente.

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