FAMILIARES SIM. INSUCESSO NEM SEMPRE

As empresas familiares são empreendimentos que pessoas com laços de parentesco, ocupam posições de propriedade e gestão. No Brasil, elas representam 90% das empresas do país, segundo o Sebrae. Se considerarmos que temos mais de 17 milhões de unidades ativas, como informa o Instituto   Brasileiro de Planejamento Tributário, teríamos então cerca de 15,3 milhões de empresas familiares no Brasil atualmente. 

A grande maioria delas são empresas de 1a geração, isto é, empresas nas quais os fundadores do negócio ainda estão no comando. Isso determina seu estágio evolutivo no patamar inicial, onde há informalidade no processo decisório, deficiências de controle e planejamento, políticas de recursos humanos por desenvolver e muitas vezes uma gestão financeira baseada apenas na intuição. Não é a toa que somente 30% delas, chegam à 2a geração. 

Certamente sem considerar todos os dados sobre elas, existe uma presunção de que pelo fato de serem familiares, elas são ineficazes e amadoras. Isso justificaria uma profissionalização abrupta, com o afastamento sumário dos parentes, em muitos casos uma verdadeira interdição. No entanto, esta não é a única maneira de abordar o assunto. Reduzindo o risco, existe a abordagem de implantar preceitos de governança corporativa na instituição, profissionalizando as práticas de gestão, e adequando as pessoas a elas, o qual particularmente eu prefiro, a não ser que a situação exija uma intervenção mais incisiva, por exemplo, quando conflitos pessoais e limitações interferem sobre maneira no desempenho do negócio. 

De qualquer forma, no Brasil as empresas familiares dão sinais evidentes de sucesso que não podem ser ignorados. Atuando principalmente nos ramos de 
vestuário, textil, açucar, álcool, construção, comunicação e varejo, há algum tempo elas demonstram que conseguem superar as próprias adversidades. Pesquisa do Valor Econômico demonstrava que em 2003, elas não só representavam um terço das 1.000 maiores empresas nacionais, como cresceram mais do que as empresas estrangeiras e brasileiras não familiares. Pulando para 2014, a PriceWaterhouseCoopers pesquisou 120 grandes empresas familiares brasileiras e descobriu que 79% delas cresceram, enquanto que no mundo, 2.400 foram ouvidas em 40 paises e 65% conseguiram crescimento no mesmo período. 

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