AS FORMAS DE VOCÊ SE RELACIONAR COM O CAPITAL
Quanto mais cedo e melhor, você
compreender a sua relação com o capital, mais cedo e melhor você poderá
realizar atitudes que promovam riqueza para si e para a sociedade, de uma
maneira honesta e produtiva. As escolas e universidades deveriam ensinar isso,
mas não o fazem. Muitas delas, transmitem conceitos equivocados sobre o
assunto, que acabam se tornando fatores de fomento da pobreza e do sub
desenvolvimento. Você pode não perceber, mas a forma como você se relaciona
como o capital, afeta o seu país.
Você tem muitas maneiras de se
relacionar com isto. Você ser um colaborador. Colaborar significa trabalhar
junto. De acordo com as leis trabalhistas locais, você pode ser contratado por
uma empresa, trabalhar determinadas horas e por isso, receber uma remuneração
mensal. Nesta condição, você não participa dos prejuízos do negócio, das suas
obrigações, nem dos seus lucros. Você pode também ser um prestador de serviço. Desta
maneira, você também pode trabalhar para uma empresa, mas no caso, sem
exclusividade. Isso significa, que você e a empresa podem firmar o mesmo
contrato com outros. Neste caso, você também não participa do risco do negócio,
do seu prejuízo e tão pouco do seu lucro. Se o resultado final for bom ou ruim,
você contribuiu para que isso ocorresse e recebeu a sua remuneração. Você
também pode ser fornecedor de algo tangível ou intangível. Desta forma, você
entrega um item e por ele recebe um pagamento, e novamente, não possui
participação nos prejuízos ou nos lucros do empreendimento. Se o negócio
cresceu ou foi à ruína, você nada tem a ver com isso. Nestas três situações,
você não participa do risco do negócio que é composto por uma enormidade de
situações possíveis, como, inadimplência de clientes, erros na operação e na gestão,
mudanças de mercado e legislação, acidentes e catástrofes naturais, fraudes e decisões
mal tomadas, entre muitos outras possibilidades. Mas se você alocou seu capital
financeiro ou intelectual para criar ou desenvolver um negócio, você pode ser
sócio. Isso significa que conforme o tamanho da sua participação, você terá
direito aos seus lucros e se beneficiará do seu crescimento, da mesma forma que
arcará com seus prejuízos e sofrerá as consequências do seu encolhimento ou
fechamento. Isso ocorre, porque na lógica financeira o retorno tem uma relação
diretamente proporcional com o risco.
As pessoas se relacionam de
maneiras diferentes, tanto com o risco como com o retorno. Existem aqueles que
desejam obter o segundo sem incorrer no primeiro. Existem outras que desejam partilhar
o primeiro e tornar exclusivo para si o segundo. Em ambos os casos, tais
condutas são distorções, muito comuns no universo corporativo, e em muitos
casos chamadas de parcerias. Parceria significa operar conjuntamente para o
mesmo fim. Empresas podem ser parceiras de empresas ou de pessoas físicas,
pessoas podem ser parceiras de pessoas, mas a parceria requer que os envolvidos
entrem no risco e no retorno. Cada um costuma ter a sua parcela de receita,
diretamente da fonte, sem que exista intermediação. Quando alguém ou alguma
empresa, somente distribui o risco e guarda para si o retorno, não podemos
dizer que é uma parceria. Muitas vezes, o instituto da parceira é usado para fugir
das relações regulares e corretas com o capital, mas toda vez que isso ocorre,
não raro decorre em prejuízo para uma das partes envolvidas. Quase sempre a
mais fraca.
Não é por acaso que a lei,
protege o colaborador, o fornecedor e o prestador de serviço, desta visão
distorcida da relação de risco e retorno. Neste contexto, o empreendedor é
obrigado a pagar seus colaboradores, prestadores de serviço e fornecedores,
independente se teve lucro ou prejuízo. Não seria justo que eles só entrassem
no risco. Logo, toda vez que você estiver se relacionando com o capital,
perceba que você pode fazê-lo nestas condições, cada uma com seus pontos
positivos e negativos. Qualquer formato que pretende algo diferente, pode ser
por má fé ou desconhecimento, um caminho que lhe gerará perdas. Vivemos em um
mundo com muitas novidades, repleto de inovação e criatividade. No entanto, não
precisamos inventar o que já foi inventado. A roda já existe.
Prezado Tibério,
ResponderExcluirParabéns pelo seu blog, muito rico e instrutivo.
Em 1954, quando trabalhava no 3o. Distrito Naval, no Recife, fui colega de um jovem de nome Tibério Rocha, então estudante de medicina. Ele é seu pai?
Cordialmente,
Iran Machado