MÃE



Mãe,
O tempo passou por detrás do espelho
A tua face já toma pra si o conselho
De estar condizente com o que te marcou

Mãe,
A vida as vezes parece sem graça
E por mais que eu tente, por mais que eu faça
Eu fico distante de quem nunca quis

Hoje eu sei do labor teu
As dores do parto pra ser o que és
As flores sem pétalas e folhas
As rolhas na voz e as lágrimas
Fazendo de nós jardins sem casa

Mãe,
Eu sei demorou pra eu cantar este canto
Mas melhor tardar que viver dentre o pranto
De estar renegado dentro de si

Mãe,
Estas palavras contêm o que não está escrito
Nas margens estreitas do que está dito
No livro infinito de título Mãe
(1986)

Maria de Salete Mendonça Rocha
+ 02.03.2012

Saudades Eternas.
Você era a alegria da nossa vida.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

PROBLEMAS SISTÊMICOS PEDEM SOLUÇÕES ESTRUTURADAS

O QUE É A PATOCRACIA

QUEM CARREGA O PIANO ?