CRISES EXIGEM HUMILDADE

Quando a crise impacta os aspectos econômicos financeiros é porque ela já se instalou na gestão anteriormente. Não dá para sair dela mantendo os mesmos modos de atuação e as mesmas formas de abordar o problema. A crise exige mudanças e se as pessoas não conseguem perceber isso nem fazer, elas devem ser mudadas. Na verdade, se elas não forem a conjuntura se encarrega de fazê-lo, porém a melhor coisa a fazer é ser pró ativo e tomar as iniciativas. Iniciativas certas vale ressaltar.  Manter o modo atual de gestão só vai lhe possibilitar permanecer nos mesmos problemas, pois é preciso reconhecer que este mesmo modo atual foi um dos responsáveis por lhe colocar em apuros. 

Conheço muitas empresas em fases distintas do seu ciclo de vida, indo da expansão à recuperação. Para estas que precisam recuperar-se, além dos números, uma das maneiras de saber se elas conseguirão vencer o desafio, é atentar para as atitudes dos seus principais gestores. Se elas permanecem as mesmas muito provavelmente não sairão do problema. Já vi isso acontecer mais de uma vez, e a crise financeira só piora. Se elas assumem um outro patamar, se estes gestores modificam as suas atitudes, a empresa também se modifica, se movimenta, e se credencia para superar as dificuldades. Precisamos ser verdadeiros e dizer que a modificação nos padrões de gestão não garantem a superação da crise, pois toda ela existe por fatores internos e externos, numa complexa rede de interação, de causa e efeito. No entanto, esta modificação é fator crítico de sucesso para quem realmente deseja uma saída. 

O que tenho observado e constatado nos clientes que acompanho é que a flexibilidade dos gestores define o grau de mudança de suas gestões, que por sua vez impacta na recuperação da instituição. E esta flexibilidade tem relação direta com o nível de humildade que estes gestores possuem diante de si mesmos, das situações e dos outros. A arrogância e a prepotência fazem mal a saúde financeira. Tornam as pessoas menos flexíveis e com isso comprometem a capacidade de mudança necessária para enfrentar a crise, lançando-a no indesejado circulo vicioso. Assim, é possível perceber alguns sinais de facilidade ou dificuldade na recuperação das empresas, através da conduta de seus gestores. Os números e os indicadores são essenciais para a vitória das organizações, mas se as pessoas que os fazem continuam as mesmas de sempre, eles terão mais dificuldade para melhorar. Toda crise é uma grande oportunidade. Sobretudo de aprender, mudar e sair melhor. 

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