DINHEIRO, POLÍTICOS E EMPREENDEDORES
Vejamos
um político típico. Ele é a pessoa
que vive da política, fez desta atividade a sua profissão. Ele respira isto,
pensa 24 horas por dia nisso, seu principal objetivo é ocupar cargos públicos
eletivos ou por indicação, sempre com melhores salários que os servidores
públicos concursados e trabalhando menos. Eles são simpáticos e sorridentes.
Parecem até que ganharam na loteria ontem. Vaidosos, sua autocritica parece que
inexiste. Um político enriquece com esta atividade, não só a sua renda mas
também o seu patrimônio aumentam consideravelmente. Eles não tem escrúpulos
para mentir, dizer coisas para as quais não possuem fundamento e conhecimento,
praticar atos imorais ou ilegais. O fazem como se estivessem em um aniversário
de bebê. Normalmente, eles gastam o seu tempo em conversas e articulações. Muita
conversa e pouquíssimo trabalho. Quando se encontram, independente dos insultos
que já proferiram entre si no palanque ou na surdina, eles se cumprimentam
efusivamente, como se fossem velhos amigos e parceiros, como se fizessem parte
de uma elite privilegiada, uma casta social acima da sociedade na qual tudo é
possível. Suas expressões faciais, seus gestos e seu comportamento dizem isso. Um
político pensa em dinheiro durante a maior parte do dia, e na outra parte ele se
ocupa em gastar dinheiro. Na verdade, esbanjar. Mas o dinheiro que um político
gasta e ganha não é dele. Pertence e foi gerado por outras pessoas, e a meu ver
o despudor com a coisa alheia denuncia um desvio de caráter saliente. A relação
com a propriedade, fomenta a responsabilidade e o respeito aos limites,
elementos fundamentais para a civilização. Um político assim não identifica a diferença
entre o que é dele e o que é dos outros. Ele subverte e corrompe para se
apossar. Ele está pilhando a riqueza que nós geramos todos os dias com o nosso
trabalho.
Vejamos agora um empreendedor. Ele é a pessoa que realiza um projeto.
Aloca recursos humanos, materiais e financeiros para atender uma necessidade do
ambiente no qual está inserido. A ideia do empreendedor precisa ser viável e lucrativa,
fator que define sobretudo a eficiência da operação iniciada por ele. Isto na
verdade define o valor do que ele faz para a sociedade. Ele acompanha seu
empreendimento atentamente pois cada dia é um tijolo na construção do sucesso.
Um empreendedor gera riqueza para si, que vai reinvestir numa espiral de
crescimento, mas também gera impostos para a sociedade, gera empregos e principalmente
gera soluções com seus produtos e serviços. Os empreendedores são capazes de
construir imensos empreendimentos. Tirando aqueles que enveredam por um caminho
parecido, conivente, cúmplice ou comparsa do caminho político, o empreendedor
lida com o dinheiro que lhe é próprio. Por isso, tem mais cuidado com ele. Aqui
que ganhamos fácil, costumamos dar menos valor. Aquilo que conquistamos com
esforço, tende a ser mais valorizado. Os empreendedores constroem a sociedade. Praticamente
tudo o que você vê a sua volta, foi gerado por eles.
Se em um grupo de pessoas, você colocar mais políticos do que
empreendedores, o resultado será bem diferente do contrário. No primeiro, a
produtividade cairá, a desigualdade aumentará e ele implodirá com o passar do
tempo. Ninguém aguenta ser explorado e enganado descaradamente. No segundo
caso, ele produzirá bens e serviços úteis, as pessoas se reuniram em torno do
trabalho e muito provavelmente, haverá uma distribuição de riqueza em função da
participação na formação dela. Uma sociedade comandada por políticos certamente
sofrerá de inanição financeira, pois sua sede por dinheiro e assistencialismo
feito com recursos que ele não produz, não possuem fim. Uma sociedade de
empreendedores, está no caminho da prosperidade pois será fundamentada no empenho,
no mérito e na oportunidade. Quanto mais políticos tivermos mais longe estaremos
da nossa melhora e quanto mais empreendedores tivermos mais próximos estaremos
do progresso e da ordem tão bem estampados em nossa linda bandeira.
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