LIMITE NÃO É O FIM DO MUNDO



Tudo na vida tem limites. Principalmente quando o assunto é dinheiro.  Quando tratamos de recursos finitos os limites são um requisito fundamental. Sonhar não requer limites porque trata-se de algo abstrato. Você pode sonhar o quanto você quiser. Na hora de realizar, os limites aparecem. Aliás, ser bom gestor é exatamente saber lidar com eles.

Todo orçamento financeiro familiar possui limites, por maior que seja a renda em questão. Isso é mais fácil de perceber quando consideramos o que ocorre com as finanças da grande maioria das famílias brasileiras. Elas possuem limites. E se gastarem mais do que podem, certamente vão endividar e complicar a sua situação no futuro. Ninguém cresce na vida sendo perdulário.

A mesma coisa acontece nas empresas. Por maior que seja o volume do faturamento, elas também precisam lidar com limites para poderem existir. Precisam enquadrar seus custos e despesas dentro da própria possibilidade de receita. E da mesma forma, se excederem estas possibilidades, terão que usar capital de terceiros para funcionar gerando endividamento. Se passarem da capacidade de pagamento, quebram.

Não poderia ser diferente com um governo, seja ele municipal,  estadual ou federal. Ao exceder os seus gastos causando desequilíbrio fiscal, eles se endividam colaborando para que os juros subam de preço e comprometendo as próximas gerações. Gastar mais do que arrecada na esfera pública é na verdade um crime sério e cruel. Silenciosa, esta prática corrompe a capacidade de investimento e com isso a melhoria da infraestrutura e o desenvolvimento de uma cidade, de um estado ou de um país. No caso o nosso. Governos só não quebram como empresa, porque recorrem ao bolso do contribuinte para cobrir a própria ineficiência.

É por isso que a PEC 241 é um grande acerto, apesar de alguns deputados não pensarem desta maneira. Inclusive deputados alagoanos que tentam se mostrar diferentes.  Basta imaginar que se este dispositivo estivesse em vigor há 15 anos atrás, não estaríamos na crise que estamos hoje. A lógica é simples e certeira. O crescimento dos gastos públicos devem ser condicionados  à inflação do ano anterior. Ou seja,  nada de sair por aí gastando o que não tem. Neste caso, o limite traz vários aspectos positivos. Sinaliza para investidores uma certa segurança fiscal. E precisamos de investimentos em muitas coisas. Presídios, estradas, aeroportos, portos e por aí vai.  A lista não para. Estanca o endividamento público e possibilita a queda dos juros no médio prazo, o que favorece a Economia. E por fim, retira o desequilíbrio fiscal do alicerce atual da inflação.  Se o dragão inflacionário cair, todos saem ganhando, principalmente quem vive de salário que é a grande maioria da população.

Politicamente, a PEC 241 também traz grandes benefícios pois impede que governos irresponsáveis e populistas usem o orçamento público para as suas políticas equivocadas. Menos chances para este pessoal sair bem na foto com o nosso dinheiro suado. Ela também é frontalmente contrária aqueles partidos ditos socialistas, pois eles querem o Estado cada vez mais preponderante. Sem limites. Não é a toa que são eles que integram a fileira da oposição, fazendo de tudo para confundir a opinião pública.


Psicólogos e Educadores afirmam que estabelecer limites para as crianças, traz resultados positivos para a sua formação. Saber lidar com restrições, conduz à tomada de decisão mais eficaz, e fomenta o exercício da escolha. Algo que a esquerda não lida muito bem. As vezes parecem crianças mimadas e mal educadas, querendo tudo para si e achando que somente eles possuem razão. O mundo está crescendo e este comportamento está cada vez mais ultrapassado. Que venham mais avanços. 

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